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Mostrando postagens de abril, 2012

O amor é um inventor

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O amor é um inventor Que mora aqui, na altura do peito. E nos deixa sem jeito Quando inventa de inventar. O amor é o inventor de tudo, De tudo que a gente possa gostar. O amor é desnudo, Só se veste de amar. O amor é um inventor, Já faz tempo que ele inventa. Já faz tempo que ele tenta Nos transformar. O amor é um inventor Da atração e do bem querer É paixão e calor, É dar mais que receber. O amor é um inventor Daqueles que apenas inventa. Aí está seu segredo: Responde sem medo. Mesmo quando a palavra se ausenta, Apenas inventa... O amor é um inventor. Vive com seu invento, Surpreende a todo tempo, Vai e vem mais que o vento. Grande inventor, Ah, esse é o amor! Traz a luz na escuridão, Inventa sorrisos na desilusão, Descobre uma saída, Para os problemas da vida. E, de repente, surpreende Com uma ponte até o coração De quem pediu um tempo E viu o tempo como solidão. Uma brincadeira, O amor não es

Pela janela da fé

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A nossa vida é como uma casa. Certa vez, alguém me disse que estava sentindo-se sem saída, parecendo um prisioneiro de sua própria vida. A vida fechou suas portas prendendo seu ilustre inquilino. Acabou a perspectiva, sufocou-se os sonhos, escureceu-se o horizonte. Ficar preso é terrível, gera uma grande angústia. E isto vai derrotando a pessoa. O que se vê é a figura da morte. Só que esperá-la parece insuportável. O desejo é esquecer tudo, adormecer pensando que foi só um pesadelo. Falta paciência e coragem até mesmo para falar do assunto. Na verdade, falta crer: crer que há saída, crer que alguém pode ajudar, crer que as palavras e os abraços também curam. É isto que gostaria de dizer àqueles que se sentem trancados na casa de sua própria vida. Diante das portas fechadas, abra e olhe pelas janelas da fé. Sim! Olhe pelas janelas da fé.  Fé é um dom plantado por Deus no íntimo do nosso ser no intuito de permitir que vejamos quando se apagaram as luzes, que andemos quando se term

O atrasado que chega no tempo certo

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       Estive, nestes últimos dias, pensando no tempo e na força que as datas e celebrações possuem. Qual a razão deste pensamento? A celebração da Páscoa que, para mim, como cristão, deveria ser a maior festa do ano. O que é mesmo, o tempo? A medição de algo que não sabemos o início nem o fim, mas que para a organização do que compreendemos como sendo presente, a inserimos como categoria indispensável pois serve para a compreensão de nós e do mundo inteiro com tudo o que nele possa existir e acontecer.           Assim, tendo o tempo como paradigma para compreender as realidades catalogamos as coisas em adiantadas, no tempo certo, ou atrasadas. No entanto, o tempo como convensão humana não pode ser limite para o acontecer da vida. Ele deve ser espaço para a manifestação e compreensão da vida. A própria celebração da Igreja mostra isso. A Páscoa acontece no domingo e a semana que a sucede é como se fosse apenas um dia: o domingo. A isso se dá o nome de oitava da páscoa - oito dias