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Mostrando postagens de abril, 2013

A matemática que faz feliz

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Muito cedo aprendemos a calcular as coisas. Entendemos que o dia é um acontecimento único, mas dividido em vinte quatro divisões. Hora após hora constitui um dia. O mesmo acontece com o ano, os minutos e tudo o que existe. Da unidade vem a multiplicidade. A multiplicidade leva ao infinito e o infinito ao nada. Ao nada se chega quando mais perto do tudo se está. Princípios matemáticos, apenas isso. Não é raro que digamos: “o meu dia hoje não prestou”, ou, “tudo deu errado”. Mas será que é verdade? Suponhamos que você perdeu o ônibus, depois teve um problema com seu computador e, por fim, tirou uma nota ruim na prova escolar. De fato, coisas não deram certo e o dia se tornou pesado. Entretanto, você tomou café da manhã ou teve oportunidade de tomá-lo? Você tinha almoço ou como providenciá-lo? Jantou ou poderá jantar? Você tem pessoas que pode contatar se precisar? Você tem um casa, uma cama, roupas para vestir? Você está sentindo dores? Seus filhos (caso tenham), estão com saúde e

O tempo certo de se aproximar das árvores

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O que você quer? Mas, o que você quer mesmo? Saber disso faz a diferença. A intenção mais real que podemos identificar diante de qualquer atitude nossa, ajuda a acertar o alvo. Se a gente não tem claro o que anseia, muitas coisas roubarão nossa atenção ou nos ferirão sem nenhuma serventia. Vou falar sobre isto neste artigo. Com sua licença, usarei a imagem das árvores. Árvores são um presente da Criação. Nosso planeta não teria vida, da forma que conhecemos hoje, se não as tivéssemos. Elas são o único elemento natural em perpétuo movimento em direção ao céu. Os solos nasceram delas, da decomposição de suas folhas e caules, formados e alimentados pela capitação da luz do sol. Eles (os solos) são a fábrica da biodiversidade. Por causa do solo, a Terra é terra. As árvores, então, tem uma ligação intrínseca com a vida do planeta. De certa forma, são o pulmão da terra. Entretanto, nós não levamos em conta tudo isso quando nos aproximamos de uma simples árvore, de um bosque, de um pom

Não desista

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Ei,... NÃO DESISTA! EU ESTOU AQUI. NÃO DESISTA! Vamos em frente, esta é só mais uma barreira e eu te ofereço minha força. Você pode até achar que é pouca coisa e que não fará muito a diferença. Mas eu te asseguro: venceremos, venceremos juntos, você e eu, eu e você. Coragem! Enxuga este rosto cansado e deixa estes olhos brilhar. Desenha um sorriso neste teu rosto e vamos encarar de cabeça erguida este desafio que quer te fazer parar. Está difícil, né?... Não sei se vai te ajudar, mas vou te falar um pouco de mim. Você tem um minutinho pra me dar? Prometo que vai ser rápido. Vou começar, então... Eu tinha uma vida tranquila e um coração inquieto. Resolvi obedecer meu coração. Sai pelas cidades falando do amor e de um tanto de coisas legais. Fiz coisas incríveis e muita gente acabou gostando de mim e parecia que era para valer. Entretanto, meu coração ainda parecia perturbado. Endureci o discurso. Muitos amigos se afastaram. Não dei muita bola, afinal passar a p

A MISSÃO DOS CRISTÃOS: apenas um enfoque

                     Toda paixão envolve-nos numa missão. Já reparou que é quase impossível ser indiferente quando quem amamos está perto? Ou quando se fala naquilo que apreciamos? Isso acontece porque quem tem paixão tem uma razão e, por causa desta razão, revira o mundo. A vida sem razão é um acidente sem sentido. Por isso a paixão é o sal da terra e do coração humano. Ela eleva o homem mediano para o mais alto que possa chegar. Pois bem, talvez este termo, paixão, confunda. Por isso, deixo claro que o uso para designar aquela entrega de corpo e alma a alguém ou a um ideal. Finalizando esta introdução quero, ainda, inferir a seguinte certeza: a paixão é uma categoria do cristão. Não há cristão sem paixão. Não há cristão sem coração. Bom, se a paixão é uma categoria do cristão e toda paixão implica uma missão, qual é, então, a missão do cristão?          Olhe para Jesus e saberás qual a missão do cristão! - seria esta uma boa resposta? Sim e não. Sim, porque, de fato, Ele é a imag

Nasçamos de novo

Quando encontramos pessoas muito machucadas pela dor, pela decepção e pelas nuances da vida e lhes perguntamos se em meio a tudo isso elas conseguem enxergar uma saída, às vezes, somos surpreendidos com a resposta: “saída? Só se eu nascesse de novo”.   Nascer de novo poderia resolver muitos problemas em nossas vidas. É um sonho que o ser humano carrega dentro do seu coração. Ah, se pudéssemos, quando aperta a dor, deitar, adormecer e acordar de um outro jeito, com uma outra história e sentimentos diferentes! Ah, se pudéssemos nascer de novo! Nicodemos, um homem experiente e conhecedor recebeu este convite de Jesus: “nasça do alto, Nicodemos, nasça de novo e você vai entender o que é o Reino de Deus” (Jo 3, 1-15). Nós, que cremos, buscamos entender este convite de Jesus todos os dias. Não nos preocupamos em retornar ao ventre de nossa mãe, isso não acontecerá. Sabemos também que não teremos outra vida para remendar o que não deu certo ou gozar do que nos foi privado. Mas busc

FALE DISSO E DESSA FORMA, E IREI TE ESCUTAR: inferências de um jovem Religioso

O jovem religioso deste novo milênio é alguém diferente do que a história da vida religiosa normalmente conheceu. Aberto ao diálogo, mas desconfiado da intenção dos interlocutores, aprendeu a pipocar sobre as pedras do rio que levam à outra margem. A ânsia pela vida feliz, traduzida como sucesso, se embaralha nas projeções da cultura atual e se confronta com a proposta evangélica, diluindo-se no espelho embaçado da formação humana vigente. Nunca se teve tantas oportunidades, alternativas, informações, propostas e ameaças como na atualidade. Isso instiga e seduz, mas também confunde, cansa e ilude. A correnteza não existe mais quando se pensa em vida religiosa consagrada. Para ser fiel é preciso nadar muito. Outrora, ser religioso dava possibilidade de muitas coisas, inclusive a do estudo e da ação eficaz e reconhecida em favor da sua comunidade. Os religiosos bodas de pérola e de rubi podem nos atestar isso. O religioso não era “mais um”, mas era “o” religioso. Da mesma forma ac

Ficar ou partir

Ficar ou partir? Quem já não passou por esta dúvida! Para uns ela se mostrou de forma mais eminente e até agressiva; para outros ela foi mais serena; para alguns, ainda, ela é insistente como gota d’água em pedra dura. Os grandes momentos da vida acontecem por causa dessas duas possibilidades e da decisão que por uma delas tomamos. Nelas nasce o homem e fica o menino, o comum dá lugar ao herói, o antigo é substituído pelo novo. Misturada com dor e júbilo, a dádiva da escolha é desejável e detestável ao mesmo tempo. Ela divide o nosso mundo. Engraçado é que a certeza não se mostra nem como frontispício em nenhuma destas possibilidades. Isto angustia, mas, destarte, inebria. Certezas só existem no passado, por isso não devemos nos agarrar a elas. Quem quer chegar ao topo puxa a corda com força, impulsiona-se para frente e não dá passos para trás. Sabe, um dia a gente já deixou o ventre de nossa mãe para a coisa mais desafiadora que é viver e conviver neste mundo. Claro, não tínhamos

Jesus, o ressuscitado

Ele estava desde sempre conosco Escondido no amor que a tudo deu vida. Tudo foi nEle e por Ele feito. Jesus é o protagonista de Deus. Numa manhã de primavera O céu se arquitetou num ventre. Cresceu ali a Medida do Mundo E nasceu numa noite Quem sempre existiu. Deixando pegadas na poeira e no barro Três anos pregou um novo caminho. Passando pelo coração de quem se entendera como simples passante, Ficou como a mais forte mensagem de esperança.   A cruz quis lhe roubar este brilho Mas foi ofuscada pela manhã de domingo. Este dia brilha até hoje E assim será até que a terra irradie puro amor.   Por isso ainda hoje acontece A ressurreição testemunhada no Livro Sagrado. Cada vez que é sepultado um impulso da vida Ele estende a mão e a todos reconduz.   O abraço do Pai Ele tem E nós o chamamos de Espírito Santo. Entre nós protagonizou a topia humana E vive na comunhão arquétipa da humanidade feliz.

O Céu

Pediram-me para falar do céu. Então eu fui até a minha pasta, peguei um pequenino espelho e lhes entreguei. “É só isto?”, perguntaram-me. “Sim, se vocês conseguiram enxergar amor naquilo que viram, é apenas isto.” Ah, meus caros, nós que cremos no céu, às vezes o mantemos tão longe de nós apenas por uma ideia equivocada daquilo que nossos Mestres nos ensinaram! O céu como morada eterna dos justos e pleno estado da vida bela e sem corrupção, é apenas o fruto das sementes deixadas aqui no cotidiano de nossa existência. Sabe quando você tem uma saudade muito grande de voltar para sua casa ou para a casa de seus pais? Então! O céu é semelhante à casa da nossa família, um lugar tão da gente que precisa da gente para ser completo. De alguma forma, somos andarilhos neste mundo. Nossa casa e nosso Pai-Mãe estão para além do que temos aqui. Mas a chave daquela casa está neste mundo. Claro que tudo isto é metáfora, pois o que quero realmente dizer é que a vida anda cheia de saudade de alguém c