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Mostrando postagens de dezembro, 2023

800 anos de um santo costume

Era o ano de 1223. Fazia frio na Europa e mais uma vez chegava o Natal. Francisco de Assis estava Greccio (Itália), junto aos pobres e humildes daquele povo. A noite do Natal se aproximava. E como desejava que todos pudessem compreender o mistério desta Noite Santa! Sobretudo, queria que ninguém se sentisse esquecido pelo “Menino de Belém”, ou indigno de recebê-Lo, ou pobre demais diante do Rei do Universo. Francisco então teve uma ideia. Para aqueles que não sabiam ler ou não entendiam a língua da solene liturgia, ou que se sentiam pobres de mais para celebrar o Nascimento do Senhor, iria montar a cena do Natal, um “Presépio”. Uns quinze dias antes, São Francisco falou com um homem chamado João, e lhe disse: “Quero lembrar o menino que nasceu em Belém, os apertos que passou, como foi posto num presépio, e contemplar com os próprios olhos como ficou em cima da palha, entre o boi e o burro” [Primeira Vida (1Cel) – 84]. Esse amigo, numa gruta de Greccio, assim preparou. E, naquela noite

Deus dormirá contente

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Um amigo acaba de me enviar um vídeo de sua filhinha rezando no colo da mãe antes de dormir. Que cena linda! Dentro dessa criança está se formando uma fé viva, transparente, linda, filial e sem barreiras. Seus pais estão dando-lhe a maior de todas as liberdades, a mais consistente das verdades e o segredo para a paz e a integridade: a fé. E hoje imagino que Deus diz a eles: "Obrigado! No mundo tão hostil a Mim, a voz de sua filhinha, chamando-me de Pai, é bálsamo de alegria e elixir de contentamento." "Deus dormirá contente", embora nunca durma. A oração de uma criança lhe é carícia no coração. Deus também gosta de carinho.   Pe. Nildo Moura de Melo, OSFS

O vaso diferente

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  Certa vez Jesus estava caminhando com um cajado na mão. Um oleiro o chamou: “Venha ver os vasos de barro que faço!” Eram muitos, de vários tamanhos e modelos; alguns coloridos, outros não; grandes, médios, pequenos; para uso e para decoração. Passando no meio deles, Jesus olhava um, olhava outro e, de repente, com aquele cajado que tinha na mão, deu uma pancada num dos vasos e lhe fez uma fissura. O vaso ficou muito triste. O que tinha feito de errado? Por que Jesus uma pancada lhe tinha dado? E por que somente nele? Começou a ser chamado de “o vaso diferente”. Todo diziam: “Aquele é diferente. Eu não quero levá-lo.” O dono o foi deixando nos fundos do mostruário, porque ninguém ia comprar um vaso com uma fissura.   E não adiantava concertar, não ficaria o mesmo. Um dia, porém, apareceu um comprador. Tinha dinheiro para comprar um vaso só, mas queria dois. “- O senhor podia me dar dois pelo preço de um?” “- Não! o preço de um é o preço de um. O preço de dois é o dobro do preço