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Mostrando postagens de 2023

800 anos de um santo costume

Era o ano de 1223. Fazia frio na Europa e mais uma vez chegava o Natal. Francisco de Assis estava Greccio (Itália), junto aos pobres e humildes daquele povo. A noite do Natal se aproximava. E como desejava que todos pudessem compreender o mistério desta Noite Santa! Sobretudo, queria que ninguém se sentisse esquecido pelo “Menino de Belém”, ou indigno de recebê-Lo, ou pobre demais diante do Rei do Universo. Francisco então teve uma ideia. Para aqueles que não sabiam ler ou não entendiam a língua da solene liturgia, ou que se sentiam pobres de mais para celebrar o Nascimento do Senhor, iria montar a cena do Natal, um “Presépio”. Uns quinze dias antes, São Francisco falou com um homem chamado João, e lhe disse: “Quero lembrar o menino que nasceu em Belém, os apertos que passou, como foi posto num presépio, e contemplar com os próprios olhos como ficou em cima da palha, entre o boi e o burro” [Primeira Vida (1Cel) – 84]. Esse amigo, numa gruta de Greccio, assim preparou. E, naquela noite

Deus dormirá contente

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Um amigo acaba de me enviar um vídeo de sua filhinha rezando no colo da mãe antes de dormir. Que cena linda! Dentro dessa criança está se formando uma fé viva, transparente, linda, filial e sem barreiras. Seus pais estão dando-lhe a maior de todas as liberdades, a mais consistente das verdades e o segredo para a paz e a integridade: a fé. E hoje imagino que Deus diz a eles: "Obrigado! No mundo tão hostil a Mim, a voz de sua filhinha, chamando-me de Pai, é bálsamo de alegria e elixir de contentamento." "Deus dormirá contente", embora nunca durma. A oração de uma criança lhe é carícia no coração. Deus também gosta de carinho.   Pe. Nildo Moura de Melo, OSFS

O vaso diferente

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  Certa vez Jesus estava caminhando com um cajado na mão. Um oleiro o chamou: “Venha ver os vasos de barro que faço!” Eram muitos, de vários tamanhos e modelos; alguns coloridos, outros não; grandes, médios, pequenos; para uso e para decoração. Passando no meio deles, Jesus olhava um, olhava outro e, de repente, com aquele cajado que tinha na mão, deu uma pancada num dos vasos e lhe fez uma fissura. O vaso ficou muito triste. O que tinha feito de errado? Por que Jesus uma pancada lhe tinha dado? E por que somente nele? Começou a ser chamado de “o vaso diferente”. Todo diziam: “Aquele é diferente. Eu não quero levá-lo.” O dono o foi deixando nos fundos do mostruário, porque ninguém ia comprar um vaso com uma fissura.   E não adiantava concertar, não ficaria o mesmo. Um dia, porém, apareceu um comprador. Tinha dinheiro para comprar um vaso só, mas queria dois. “- O senhor podia me dar dois pelo preço de um?” “- Não! o preço de um é o preço de um. O preço de dois é o dobro do preço

Quem morreu não está lá atrás, mas na frete, esperando-nos

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Quem morreu não está lá atrás, naquele dia, naquele lugar e naquela hora em que tudo acabou. Não está lá! Está na frente, com Cristo, na eternidade, esperando-nos. Está no céu, esperando-nos com amor. Então, não podemos ficar estacionados no momento em que perdemos quem mais nós amávamos. Não é certo que nos enraizemos naquele dia e naquele lugar em que tudo escureceu, porque a luz de nosso viver havia ido. É preciso olhar para frente, é preciso ir ao encontro de quem nos espera e levar coisas bonitas para lhe mostrar. Quem partiu não está dormindo, não está inconsciente, não acabou, não está morto: está vivo, amando-nos, feliz, ajudando-nos, ESPERANDO-NOS. Imaginemos que nossa vida seja um álbum de fotografias. E que tudo o que vivemos está ali registrado. Quando nos encontrarmos com quem amamos, o que queremos lhe mostrar? Certamente coisas felizes, ainda que estejam regadas pelas lágrimas da saudade, feridas pelos espinhos das dúvidas, misturadas com as cores da solidão. Como será b

O amigo Pedro

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Jesus amou a todos, mas fez amizade com poucos. Dentre estes, o amigo Pedro. Impetuoso, gênio forte, medroso, oscilante, rápido para reagir e lento para pensar ; aventureiro, líder, homem de fé, companheiro e disposto a aprender. Entre as virtudes e fragilidades, tinha algo que cativava Jesus: Pedro estava sempre próximo. Queria até mesmo proteger Jesus, quando na realidade era ele que precisava de proteção. De Jesus temos só qualidades para listar. Mas até as qualidades podem ser incômodas. E quantas vezes Pedro se viu incomodado! Só que sempre deu uma chance para que as virtudes de Jesus se tornassem também as suas. Conhecendo Jesus, podemos dizer que também se deixou tocar por Pedro. A amizade do pescador lhe foi um presente do Pai. Como toda amizade, houveram as crises. A maior delas, a negação de Pedro. Jesus entendeu que o medo da dor e da morte roubaram dele o amigo, por isso não o condenou. Após a ressurreição, buscou seu amigo lá na vida infrutífera que levava. E a únic

O Bom Pastor corre atrás de nós

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  Há momentos na vida que nos sentimos perdidos. A lama do caminho, o avançar do dia, a neblina do inverno, tudo nos dias que não tem mais volta. Olhamos para frente e só vemos a escuridão. Eis que correndo atrás de nós está o Bom Pastor: sujou-se como nós, arranhou-se, cansado também está. Mas corre, corre pela sua ovelha bobinha que, na ânsia de liberdade e autonomia, perdeu-se. O Bom Pastor corre atrás de nós, desesperado, para nos salvar. Que lindo! Hoje, grave essa imagem em seu coração. Sinta Jesus correndo atrás de você para lhe salvar. No meu coração, está vivo esse sentimento: Jesus não fica sentado, imaginando onde estou; Ele vem correndo atrás de mim, para salvar-me. Bênçãos para todos. Pe. Nildo Moura de Melo OSFS

Tudo vale a pena

Tudo vale a pena nessa vida. Sim, vale a pena ser bom, vale a pena se doar, valem a pena os sacrifícios e também as alegrias, que são prefácio do céu. Coragem, ânimo, vamos em frente! A dor e o pranto, a injustiça e a morte não terão o ponto final. É JESUS o ponto final! É JESUS a ressurreição e a vida. Com Ele seremos recompensados por tudo. (Jo 11, 1-45) Pe. Nildo Moura de Melo OSFS

Capelinha da Paz

Um pouco distante da matriz Existe uma capelinha de interior Dedicada à Senhora da paz A mãe santa de Nosso Senhor. Azul é seu manto, branco é seu véu E a sua paz é coisa do céu. Três cruzes: Pai, Filho, Espírito Santo Abençoando o povo, enxugando o pranto. Deus ali mora, mesmo sem precisar Se seus filhos fizeram, por que recusar? E a Senhora Paz, mãe de Nazaré, Atende os filhos, que lhe rogam com fé. Pe. Nildo Moura de Melo OSFS Capela Nossa Senhora da Paz, Azeredo, Palmeira das Missões RS

Nossa vida vale um Deus crucificado

  Meus amigos, sejamos todos de Cristo. Ele deu a sua vida por nós. Estando crucificado, ouvia lhe dizerem "desce da cruz". Mas não desceu. Por causa de você e de mim, não desceu! Foi até o fim, sofreu as mais terríveis dores e humilhações. Amou-nos. Salvou-nos. Sim, nossa vida vale um Deus crucificado (Santo Agostinho). Honremos! Valorizemos! Retribuamos com nossa fidelidade. E não desistamos quando a cruz estiver sobre nossos ombros ou nela estivermos feridos. O Cristo, que fez do seu sofrimento um ato redentor, nos ajudará a fazer do nosso sofrimento uma fonte de graça e salvação. Ele nos ensinou a viver, mas também nos ensinou a sofrer. Vivamos como Jesus. E quando o sofrimento for inevitável, como ele, levemos nossa cruz. O amor e a fé fazem a dor tornar-se ser fecunda e fértil no mistério de nossa vida. Abençoada Semana Santa. Pe. Nildo OSFS

As chama tem chamam: Antônio

As chamas te chamam: "Antônio! Antônio! Temos-te uma prece: Apressa-te, Antônio!" Velas acesas te clamam - Te chamam, te chamam. Em nome de outros nomes Consomem-se sem nome. São vozes em luz Chamando em chamas. Crepitando silentes Ao nome de Quem amas. "Antônio! Antônio!" Chamam as chamas, Que das velas velam O que tua imagem emana. Pe. Nildo Moura de Melo, OSFS

O que se dá a Deus, Deus devolve muito mais

Já reparou que tudo o que você entregou com a intenção de ser para Deus, Ele lhe devolveu muito mais? Se não se deu conta disso, passe a observar.   *******   João é um agricultor que, ao receber a visita de um festeiro do padroeiro, fez uma doação. Após concluir a plantação, foi fazer a revisão de seu maquinário. Eis que o mecânico lhe diz: “- não sei como não quebrou na lavoura. Seu prejuízo teria sido alto”. João percebeu que seria o dobro do que havia dado à comunidade. E agradeceu a Deus.   Lúcia é uma mãe muito preocupada com os filhos. Desde quando começou a pagar o dízimo, deu-se conta de uma coisa: diminuíram os gastos com remédio para os pequenos. É como se o valor do dízimo tivesse revertido em saúde e em economia com remédios. Bem mais do que o valor de sua contribuição. Está agradecida ao Senhor.   Mário é um homem muito prestativo aos vizinhos. Certa noite socorreu uma família levando-os ao hospital sem nada cobrar. Dois dias depois, uma antiga dívida, pa