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Mostrando postagens de julho, 2016

Onde está Deus?

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"- Onde está Deus?" Indaga meu  pobre coração. Não é bem por Deus que está procurando. Melhor se dissesse: - onde está a potência de Deus? Nem se deu conta que são coisas diferentes. Diante dos desastres da vida,  Insiste em procurar só a face poderosa de Deus, Enquanto Deus se revela também na fragilidade. O credo que professa meu coração Diz que Deus se fez pequeno  Porque é tão grande para isso. A fé que me embala no cotidiano  Ensina q ue Deus é realmente poderoso Quando o poder já não é mais tudo. E lá estou eu, de novo: - Deus, onde Tu estás? - Estou no amor que te acompanha, filho meu!   Deus, sua potência e sua fragilidade: Porque é assim? Não sei. O que sei é que quando rezo e choro,  E mesmo assim não acontece, Não duvido que Deus existe, Nem meu coração insiste Em acusá-lo de se esconder Ou ser uma invenção da minha impossibilidade. Onde está Deus? Está onde só Ele pode estar,  Sendo Aquele que só Ele pode ser.

O serviço e a entrega de Maria a um Deus paradoxal

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Maria é a mulher que conjugou perfeitamente o verbo servir em sua vida. Serviu no silêncio e na prontidão, com amor e valentia, sem nada cobrar mesmo quando nada lhe restou. Maria serviu a Deus servindo quem servido precisava ser. E o fez com amor, com aquele amor que encontra sua satisfação na felicidade do outro. “’Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta em Deus meu Salvador, porque ele olhou para pequenez de sua serva’ (Lc 1, 46-48a), daquela que não vai encontrar consolações no mundo, mas sabe quem com ela está.” É o Deus todo poderoso que, de tão poderoso, se fez um menino no seu ventre. Essa é a paradoxilidade de Deus! Maria não se importou de Deus se aproximar dela dessa forma. Deus é paradoxal. E a palavra paradoxo significa dois extremos que não se conjugam. Mas em Deus, sim: Deus é poderoso quando se faz frágil; Deus é grande quando se faz pequeno; Deus é amor mesmo quando silencia; Deus é ternura mesmo quando não sentimos o seu abraço; Deus é presença m

Como os girassóis e as abelhas

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Como os girassóis procuram pela luz Como as abelhas buscam para o mel. Assim procuro por Jesus, Meu coração deseja o céu. Toda a natureza canta um hino de louvor, Todo o universo busca a Ti, Senhor. Somos tuas criaturas, imagens vivas de Ti, Da eterna alegria, o mais puro amor. Os seres que vivem, cada um do seu jeito Agradecem ao Pai, nosso Criador. Homens e mulheres louvam os teus feitos Buscam tua face, Divino Inspirador. O vento que sopra, vai e vem sem parar A água que corre, a semente a germinar. Tudo fala, tudo canta a grandeza de Deus Em Belém tão pequenino, igual aos filhos seus. A criança que nasce, o amor nos jovens corações, O encontro da inocência e a sabedoria do ancião. Os dias que passam e o trabalho dos irmãos, São lindas canções e a ternura é seu refrão.

Bilhete ao Céu

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Amigo Deus, Obrigado por ser tão especial comigo e por enviar-me alguma coisa, mesmo pequenina, em prova do seu amor. Lembre-se do nosso encontro na oração. Como o Senhor pediu, vou ajudar aquele seu filho que tanto precisa. Se puder preparar o coração dele antes, agradeço. Um abraço de quem aqui na terra não te esquece. Eu!

Deus nunca quis a morte

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       A fé cristã afirma a ressurreição de Jesus como sua verdade fundamental. Dela, deriva também a nossa ressurreição: a vida que brota do infinito amor de Deus quando já não mais vivemos. A ressurreição é a resposta de Deus diante da tragédia inevitável da morte. Deus nunca quis a morte. Ela entrou no mundo não por vontade Dele.  Ele é o Deus da vida. E a ressurreição é a maior prova disso. A ressurreição mostra o pleno desacordo que Deus tem para com a morte. Ele não a aceita. E o seu protesto é a vida eterna. Não é um protesto violento, mas superior. Quando a morte nos rouba nesse mundo e nós adormecemos para a vida, o Senhor imediatamente nos acolhe e nos ressuscita. Adormecemos nessa vida e os braços do Pai nos acolhe na vida eterna. A morte não nos vence, pois, Deus nos socorre quando estamos caindo e nos leva em seus braços para o novo respiro da vida na Sua perene presença. Aquele que é o autor da vida não poderia ser o autor da morte. Deus é o Senhor da vida e por

Parábola das Cartas do Amado - Sobre como acolher a Bíblia

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Era uma vez, num país distante, duas tribos separadas por um grande rio de águas turbulentas e inavegáveis. Conta a lenda, que isto era uma maldição que ninguém conhecia o modo de romper. No entanto, a cada cinquenta anos, na primeira lua cheia, havia uma trégua: uma calmaria chegava ao rio, tornando possível sua travessia. Então, as duas tribos tinham oportunidade de se encontrar. Naquela noite, uma ia de encontro a outra e festejavam com alegria a oportunidade de se verem. Trocavam presentes, se divertiam e aprendiam coisas novas uma com a outra. Ao fim de vinte e quatro horas, precisavam retornar, pois as turbulências voltavam, deixando impossível a navegação. Certa vez, chegou a data da calmaria pela qual ansiosas esperavam as duas tribos. A tribo do lado norte foi ao encontro da tribo do lado sul. E a festa foi linda, a alegria sem par. Do lado norte veio uma linda jovem e se apaixonou por um rapaz da tribo sul. Os dois viveram aquelas horas como as mais especiais de sua vida. A

Parábola da flor em sertão agreste - Sobre a Misericórdia de Deus

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Depois de ter criado todas as coisas, Deus quis visitar os jardins do mundo. E assim o fez. Então, retornou ao céu. Um anjo percebeu que Deus voltara como se não estivesse satisfeito. Perguntou-lhe: “Bom Criador, alguma coisa não vos agradou nos jardins que o Senhor criou?”. “Tudo me agrada, querido anjo, mas senti falta de uma florzinha e isto me aborreceu”. “Bom Criador”, disse o anjo, “eu posso lhe explicar: acontece que uma semente caiu num árido sertão agreste. No entanto, floresceu. É a única que não está nos jardins”. “Quero vê-la”, disse Deus. E foi até ela. Quando a encontrou, bonita e vigorosa, disse o Senhor: “criaturinha querida, desculpa o descuido dos anjos. Você caiu aqui, mas eu queria que estivesse nos terrenos férteis dos jardins”. “Meu Bom Criador, sou-lhe grata por tudo. Nunca me senti abandonada ou esquecida. O Senhor sempre me visitou nas gotas da chuva e do sereno, mesmo aqui no sertão”. Deus deu-lhe um sorriso, ela também sorriu. Os dois conversaram longame