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Mostrando postagens de setembro, 2015

Chuva serena

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Quando a chuva vem serena, Sereno deixa o coração. Seu tilintar na face da terra É como uma harpa que inebria a emoção. E lentamente penetrando Vai levando pro fundo dos sonhos A vitalidade da criança, Que um dia adormecera Contando as gostas que não via, Da chuva que descia Lá fora. Quando a chuva vem serena Sereneia este mundo louco. Parece tão pouco Mas pouco não é. Desperta a vida nas secas pastagens, Nos campos longínquos, Nas verdes ramagens. Nos jardim das casas, Em torno das vargens. Nas praças da cidade, Nas duras realidades. No coração do homem E na sua saudade. A chuva é resposta do céu Ao broto que  ansiosamente Esperava uma chance. O céu é sempre pródigo Quando se trata de apostar novamente. Chove alturas Para que as alturas  Se façam vertentes. E jorrem o que receberam Doce e alegremente. No coração do homem Às vezes também chove. E se vem serena Sereneia, comove. Não é pouco, E se pouco fosse,  Mesmo ass

A sabedoria é a seiva que percorre a árvore da vida

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A sabedoria é a seiva que percorre a árvore da vida, da vida da gente. É a síntese daquilo que nossas raízes captam no profundo de nossas realidades, síntese da moção do vento, do Espírito, do oxigênio dos sonhos e utopias, síntese das tempestades que vez ou outra surpreendem e síntese da alternância das estações e seus acidentes. Sem sabedoria não há frutos, não há a beleza das flores nem as vistosas folhas. Sem sabedoria, sem a seiva trabalhada com ardor e com reverência, a árvore da vida entra num funesto inverno e perde, com o tempo, até mesmo a imponência de sua singularidade.