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Mostrando postagens de novembro, 2017

Quando despertei do sono

Quando despertei do sono Você me invadiu de novo, Você estava lá Em mim mesmo Onde eu não consigo chegar. Já sei como vai ser o dia: Eu tentando mudar de frequência E a mente trazendo seu rosto para mim. Como pode alguém amar assim? Eu me pergunto  E me junto as lágrimas Que parecem burrice, Mas são o que vivo, Não pode ser só tolice! O corpo dói, O espírito esvanece, As coisas perdem seu brilho O pensamento ficou obsessivo, De mim esquece. Se não é amor, Eu não sei o que é. Ah! Eu realmente não sei o que é.

Sonhei com uma labareda de paixão

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Sonhei com uma labareda de paixão, incandescente, valente, atraente incendiando o mundo, derrepente, com chamas ganhando proporção ao respiro de Deus, inebriado com a Criação. E Deus era jovem De uma juventude sem mistérios E de mistérios sem medo, como um riacho brincalhão banhando os rochedos com inocência e emoção. Sonhei que o riacho Acendia as labaredas Dadivando lindos fachos No escuro das veredas Revelando a escondida paixão Crepitando nas alamedas De algum coração. E o coração se rendia com toda liberdade, entregue a alegria de amar de verdade, ao respiro de Deus num doce fim de tarde.

Porque as nuvens são como são

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Um velhinho passeava com seu neto, quando o pequenino lhe perguntou: - Vovô, por que as nuvens são como são? Houve silêncio e os passos diminuíram seu ritmo. O ancião buscava uma resposta bonita. - É porque elas morrem de saudades do mar, respondeu o amoroso avô. - Filho, todas as nuvens vieram do mar, todas viviam no mar. Mas os raios do sol e o calor, os fortes ventos e o próprio aquecimento da terra, expulsaram elas para o céu. E elas sentem muita saudade do mar. Então, por isso, elas se encontram pra conversar sobre o mar, falam sobre como é belo, como é grande... e trovejam, brigam, pingam e chovem querendo voltar [1] . Assim, se derramam, esvaziam-se de si mesmas e caem sobre a terra, escorrendo pelos sulcos e veias do solo, nos riachos e rios até chegar ao mar. E quando chegam, ele as acolhe com aquela ternura que afoga a saudade e faz nascer a doce alegria. Quem as vê desfazer-se e derramarem-se diz: elas perderam, elas morreram. Mas, não. Elas voltaram para casa, encontr

Potro da Esperança

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Dizem que a vida é dura Mas o que nela perdura É uma escola ao ser humano. Tem que ter garra e coragem, Esperar suas vantagens, Nunca desistir dos planos. Se a vida é mesmo dura, Todo aquele que a atura, Prova muito mais que dores. Basta ter sabedoria, Dar valor à luz do dia E preservar os seus valores.          Então, cela o potro da esperança E coloca-te a galope Nesta estrada do mundão. Que lá no fim dela te espera Um abraço da donzela Que chamamos gratidão. Tchê, a vida é muito bela Mas, às vezes, tem a espera Que nos faz impacientes. Tem coisas nesta vida Que só mesmo a santa lida Nos ajuda a ser cientes. O rio que faz a curva, A ave cantando na chuva, Nos dão sempre uma lição. Que podemos ser bem mais, Quando nada nos apraz Em alguma situação. Então, cela o potro da esperança E coloca-te a galope Nesta estrada do mundão. Que lá no fim dela te espera Um abraço da donzela Que chamamos gratidão.

Com a ternura de Jesus Cristo

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Agradeço ao bom Deus  por vocês , No  Evangelho  meus amigos, meus irmãos . Vocês estão no meu pequeno  coração . Quero -lhes com a ternura de Jesus Cristo . Hoje vim ser ungido presbítero, Pois o meu viver é Cristo. Serei sempre o seu irmão, Padre, com a ternura de Jesus Cristo . Nas muitas coisas da vida Deus falou, Do jeito que só Ele tem, me chamou. Com vocês descobri minha missão: Servir, com a ternura de Jesus Cristo . Estou aqui, bom Deus de amor, Faz-me ser tudo para todos, Senhor Sou um membro do teu povo Escolhido com a ternura de Jesus Cristo . Então, com a unção do teu Espírito, E com a força da comunidade, Tornar-me-ei hoje e todos os dias Padre, com a ternura de Jesus Cristo .

Canção de Abel

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Querido mano, Estou com medo de ti, Não olhas mais para mim, Não vais ao campo comigo. Querido mano, O que te roubou de mim? Por que te portas assim? Não és mais meu melhor amigo. Lembras das bolhas de sabão, que fazíamos no tanque da mãe? Lembras do quanto era bom Jogar bola na grama em dia chuva? E quando eu tinha um pouco de medo Tu me abraçavas em segredo, Quando eu desenhava em teu braço, Na minha mão desenhavas uma luva. Querido mano, Oxalá brinquemos na terra! Oxalá cuidemos dos filhos! Oxalá nos perdoemos! Querido mano, Por favor, não faças guerra! Meus dons não sejam empecilhos! Por favor, nos abracemos! E quando o Pai te perguntar: Onde está o teu irmão? O que tu dirás, Meu querido mano? Que me erguestes a mão? Que fizestes me sangue correr no chão? O que dirás, mano meu, Quando por mim perguntar o Senhor Deus?

A pedra do caminho

Num dia chuvoso, gelado e cinzento, uma menina, na estrada barrenta, tropeçou numa pedra pequena e bravejou. Num dia chuvoso, gelado e cinzento, um homem escorregou na pequena pedra que rolou. Enfureceu-se e a, bem forte, chutou. Num dia chuvoso, gelado e cinzento, um velhinho pegou a única pedra que estava no meio do caminho.  Estava chovendo e o gesto do amado senhor livrava de um novo acidente, e ainda recobria a entrada da toca de algum roedor. Já se ia afastando quando percebeu um pequeno brilho. Voltou-se e viu que vinha da pedra. Tomou-a em suas mãos, e começou a remover o barro. Qual surpresa apossou-se dele ao perceber um preciosíssimo diamante, do qual não duvidou, sendo um experiente garimpeiro. Aquela pedra foi o presente de casamento à sua única filha. O velhinho na roupa trazia a mancha vermelha do barro da estrada. Nas mãos trazia um tesouro Por não ter deixado mais pedras no caminho. Não ignore as pedras

Neste banco da igreja

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Você é tão importante para mim Continua assim depois que partiu. Meu bem-querer não teve fim, Só cresceu e cresceu e te seguiu. Cresceu tanto, chegou até o céu Onde você vive com meu Deus. A saudade é onde moras em mim, Com mil lembranças dos risos seus. Estou neste banco da igreja, Sentado diante da luzinha acesa Enquanto a grande cruz me abraça. Aqui dentro se acende uma luz  E me consola o Cristo da cruz Com a ternura afável de sua graça.