Padre Nildo Moura de Melo, OSFS

Somente a luz da caridade, que é o amor ativo e solidário, pode eliminar as trevas que volta e meia contornam a vida humana. A sociedade que retrocede na capacidade de empatia, de sofrer a dor do outro, de querer para além dos desejos, de compreender para mais do que os próprios paradigmas não tem autoridade para coroar-se no trono da verdade. A verdade é a caridade, é o amor que ajuda o outro a ser feliz como gente. Por isso não é petrificada, nem se torna propriedade deste e daquele, nisso ou naquilo. A caridade é a luz dos nossos dias. E como luz, se lhe abrimos as janelas, permeia todo nosso recinto. Que seja assim com a humanidade! Que seja assim com cada um de nós!

No presente texto apresentamos um resumo da obra PARAÍSO TERRESTRE: SAUDADE OU ESPERANÇA de Frei Carlos Mesters ( Petrópolis: Vozes, 2001) . Esta obra é riquíssima e oferece um panorama claro para a compreensão dos primeiros relatos bíblicos da Criação, do pecado, da origem humana. Parte I. As dificuldades em torno do paraíso e do pecado de Adão. Há muitas dificuldades e problemas que encontramos ao ler e ao interpretar a narrativa adâmica. Nem todas possuem o mesmo valor. Cada qual se configura de um modo diferente (p.15). A ciência questiona a bíblia, nem tanto o livro, mas as interpretações que de no decorrer da história foram sendo dadas. Ciência e Igreja dialogam, mas às vezes rispidamente. Quando há demasiada autoridade de qualquer lado, perde-se o sentido do diálogo (p.19). “A exegese moderna coloca em questão o que antes aceitávamos” e ensina que o “livro divino foi escrito por homens, de maneira muito humana, com métodos e processos literários iguais aos que são usados

A inveja é um dos sete pecados capitais que incomoda a vida de muita gente. Sentir inveja é muito ruim, machuca, perturba. Ser objeto da maldade provocada pela inveja de outro também é algo indesejável, injusto, funesto. Hoje vamos conversar um pouquinho sobre este sentimento e esta postura que está presente na vida de muitas pessoas. A inveja só traz cruz, não traz luz. Mas é possível encontra a luz para vencer esta cruz. São Francisco de Sales nos ensina que a inveja é considerar uma mal o bem do outro. Então é uma má interpretação. Por isso, indica a benevolência como virtude contrária, pois a benevolência é sempre uma interpretação positiva do outro. O mesmo santo ensina que vencemos os pecados não os enfrentando de frente, mas confiando em Deus, mantendo o coração em paz, fazendo o que conseguimos, a cada dia um pouco mais, se cair, levantando, e sempre praticando a virtude contrária, pois água apaga fogo. A benevolência é a virtude que se contrapõe à inveja por que é bon

A sabedoria humana concedeu no decorrer dos tempos, capacidade para o homem evoluir e proporcionar a si mesmo comodidades, conhecimento e certo poder. Somos capazes de ir a outros planetas, viajar com uma rapidez impressionante de um continente a outro, conhecer dados do passado e prever acontecimentos para o futuro, coisas que nossos antepassados se quer sonharam. No entanto temos dificuldade, às vezes, de conhecer coisas simples, como por exemplo, quem somos?                         Quem sou eu? Pergunte-se. Quanto tempo demorará para responder? Talvez mais do que pensava! Nessa resposta está implícito nossos sonhos, medos, pensamentos, preconceitos, virtudes, ideias, mitos e verdades, um pouco de nossa opinião e um tanto do modo que percebemos os outros nos vendo. É impossível falar de nós sem ter como referência tantas pessoas que vivem conosco, mais ou menos próximas, porque o ser de cada pessoa implica o ser do outro. Somos seres de relações . Nessas relações nos conhecemos