Padre Nildo Moura de Melo, OSFS

A vida é um dom de Deus: única, inédita, irrepetível. Um dia Deus sonhou com a gente, nos desejou, nos quis. Ele amou a cada um de nós e nos concedeu viver. Somos fruto do seu amor. Em cada dia de nossa história, Ele está ao nosso lado. Nosso respirar, as batidas do nosso coração, os fios de cabelo de nossa cabeça – tudo Ele conhece pormenorizadamente. E jamais nos confunde, jamais nos esquece, jamais diminui o seu interesse por nós. Deus nos quer felizes e fará tudo por nós, como já fez dando Seu Filho na cruz. Que verdade importante para se ter claro na mente! Deus tem uma missão para nós. Só quem ama confia! Ele sabe que a nossa presença deixa o mundo melhor, por isso, nos deu a graça de viver. Digo-lhe: no dia em que você nasceu, o mundo ficou melhor. Não importa quantos anos tenha, você será sempre uma novidade Dele no mundo. Deus caprichou em você. A nenhuma ferida, a nenhum dissabor, a nenhum drama deve ser concedido a autoridade de lhe roubar de si mesmo ou de sepultar as c

Na década de 1850, vieram para povoar o 5° Distrito do Município de Cruz Alta - Vilinha da Palmeira, o Paulista Miguel Rodrigues Vieira, juntamente com alguns conterrâneos. O mesmo, por aqui chegando, arranchou-se no local chamado Potreiro Bonito, o qual possuía erva-mate em abundância. Próximo ao seu rancho também morava um casal de agregados que tinha uma criança de colo. Certa madrugada, nesse rancho, feito de pau-a-pique, entrou um tigre e pegou a criança que estava dormindo próxima a tarimba onde dormia o casal. De ímpeto, o casal acordou, mas já era tarde, pois o tigre havia arrastado seu filho. Que tristeza e que dor se abateu ali! Nesse mesmo instante, o pai da criança, em pleno desespero, pediu ajuda ao seu vizinho e patrão Miguel. Como a madrugada ainda estava alta e a noite muito escura, Miguel recorreu a outro vizinho chamado Laguna, para a difícil tarefa de caçar o tigre assassino que poderia voltar e causar maiores danos. O dia ainda não estava bem claro, Miguel e

TRÍDUO DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS [ 1ª Meditação: O Sagrado Coração na Palavra ]   Jesus é a Palavra do Pai. Por meio de Jesus, que é a Palavra, Deus tudo criou. Por isso, o Coração de Jesus está em todas as coisas criadas, ou seja, o seu amor abrange toda a Criação e toda criatura. Nas Sagradas Escrituras, Palavra de Deus, o Coração de Jesus está presente. Deus nos amou em cada fato da Bíblia, nos mandamentos, nas profecias, na sabedoria e na Encarnação do Salvador, bem como na missão dos Apóstolos e nos passos da Igreja. Se queremos ter uma experiência com o Coração Sagrado de Jesus, precisamos ler e meditar a Palavra de Deus na Bíblia. Ali se encontra a revelação do amor de Nosso Senhor, o seu Sagrado Coração. Quando uma grande tristeza nos invade, leiamos a Palavra, ouçamos Deus que nos conforta e fortalece. Quando uma grande alegria nos chega, leiamos a Palavra, ela é a fonte de toda verdadeira felicidade. Em todos os momentos da vida, estejamos em comunhão com a Pala

  DE FATO, é preciso muita humildade para ser católico. O que é a nossa fé católica? Jesus disse e nós cremos. É só isso. Nada mais. Ele disse:   “Tomai todos e comei, isto é o meu corpo”... “Tomai e bebei, este é o cálice do meu sangue...”. E nós acreditamos. Não é preciso ninguém provar. Foi Ele que disse. E, se Ele disse, para nós é suficiente. Na humildade cremos em quem na humildade se dá a nós. Irmãos e irmãs, amemos a Eucaristia, adoremos a Eucaristia, comunguemo-la. Porque ali está o corpo de nosso Senhor Jesus Cristo, ali está a presença viva e ressuscitada Dele, também fazendo-nos viver e ressuscitando-nos a cada dia e em cada momento. A Eucaristia é remédio: nos cura de todo mal. A Eucaristia é luz: ilumina-nos completamente. A Eucaristia é tudo, porque a Eucaristia é Jesus! Humildemente Jesus é Eucaristia.   Pe. Nildo Moura de Melo, OSFS

Amamos, adoramos e servimos ao Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Obedecemos à Bíblia, Palavra de Deus, que inspira tudo o que somos e fazemos. Nascemos no Batismo: somos filhos de Deus. Como família nos encontramos no Domingo e celebramos o mistério pascal do Senhor, fonte da nossa vida nova. Nos alimentamos da Eucaristia, que é o próprio Jesus no véu do sacramento. Temos a cruz como nosso maior símbolo. Nela, por amor de nós, Jesus se entregou. Seguimos a Jesus, que nos ensinou a chamar Deus de Pai, que o Pai constituiu nosso intercessor e que, com o Pai, nos enviou o Espírito Santo, vida da Igreja. A mãe de Jesus é também a nossa mãe. Ele no-la deu na cruz. Não nos cansamos de homenageá-la, em virtude do seu filho. Temos uma rica pedagogia da fé que se expressa por palavras, imagens, ícones, gestos e orações. Não adoramos as imagens: servimo-nos delas. Para nós a vida humana é sagrada, única e irrepetível, desde a concepção até a morte natural. Sobre nossas oraç

Domingo de Ramos, celebração que mistura alegria e dor, solenidade e despojamento. O Cristo que entra em Jerusalém acolhido com alegria é o mesmo Cristo que será condenado e crucificado. O povo que o aclama com “Hosanas” no evangelho do início da celebração será substituído pelos que gritam “Crucifica-o” no evangelho da Paixão. É a glória pela via da humilhação, o triunfo que acolhe a dor e a morte. Acima de tudo, é o amor de um Deus que tudo faz por nós. Despoja-se de si mesmo para nos vestir de salvação. “Porquê toda esta humilhação? Por que permitistes, Senhor, que Vos fizessem tudo aquilo? Fê-lo por nós, para tocar até ao fundo a nossa realidade humana, para atravessar toda a nossa existência, todo o nosso mal; para Se aproximar de nós e não nos deixar sozinhos no sofrimento e na morte; para nos recuperar, para nos salvar. Jesus sobe à cruz para descer ao nosso sofrimento. Prova os nossos piores estados de ânimo: o falimento, a rejeição geral, a traição do amigo e até o abandon

  Material ·          Pedras ·          Papel pardo (tamanho de 2 folhas de ofício, um para cada participante) ·          Canetões ·          Manequim de mulher   Dinâmica 1.       Cada participante recebe um pedaço de papel e escreve os defeitos que mais detestam nas pessoas. Após isso, partilham porque escolheram esses defeitos. 2.       Enrolam esses papeis nas pedras. 3.       O coordenador reflete sobre atirar ou não pedras nas pessoas. 4.       Leitura da perícope da Mulher pega em flagrante adultério. 5.       Desencapar as pedras, deixá-las no chão. O papel que as enrolava, e rasgá-lo em quatro partes iguais. Transformara as partes em uma flor e pô-la ao ado da mulher. 6.       Refletir sobre o lema “Fala com amor, ensina com sabedoria” a partir da ação eu Jesus nos ensinou a ter.   Pe. Nildo, OSFS

Senhor Jesus Cristo, Príncipe da Paz, Livrai-nos da guerra, Guardai-nos do Mal. Convertei os corações violentos, Defendei-nos da ambição desmedida, Protegei-nos das mãos sujas de sangue. Senhor, daí ao mundo a concórdia, E fazei-nos instrumentos e reflexos de vossa paz. Amém! Pe. Nildo Moura de melo, OSFS

  CINZAS é sinal de humildade e de humilhação. "Eu que, com meu pecado, humilhei a Deus e ao meu irmão, me humilho em sinal de conversão." Já era usada no Antigo testamento para mostrar arrependimento e desejo de conversão (Jó 46,2; Dn 9,3; Jn 3, 5-6, Mt 11,21; Est 4,1). Gente simples e autoridades demonstravam a força do pecado, porém, mais ainda, a força do Espírito de Deus, lhes reconduzindo à reconciliação e reparação do erro cometido. CINZAS é humildade: da cinza (pó) viestes, à cinza (pó) voltarás (Gn 3,19). Somos pó, somos cinza: nossa natureza é húmus. Nada mais justo que, aqueles que vieram do húmus, serem humildes. CINZAS é o início de um caminho, o mesmo que Jesus fez retirando-se 40 dias no deserto (Mt 4, 1-11; Lc 4, 1-13). Esse caminho existe para entendermos a vontade de Deus a nosso respeito. Ele é Deus, não nós. Com humildade o serviremos como convém. Pe. Nildo Moura de Melo OSFS

  Para viver sempre em união com Deus I – No início do dia Ao despertar, pôr-se na presença de Deus, agradecer, louvar e saudar os amigos espirituais. Fazer a “Reta Intenção”: pedir a graça, oferecer e aceitar tudo o que pode acontecer. Ler a Palavra de Deus, a vida de um santo e meditar (pode ser feito à noite). Planejar o que vai fazer, com quem vai se encontrar, o que vai falar, prever as dificuldades, ... Fazer bons, poucos e práticos propósitos (Ramalhete Espiritual). Pedir a fidelidade nos propósitos e a bênção de Deus. II. Durante o dia      1.    Dirigir nossa intenção a Deus antes de cada ação.      2.    Fazer tudo com Reta Intenção.      3.    Lembrar constantemente da Presença de Deus.       4.    Tratar todas as pessoas com amor, respeito e não difamar ninguém.   III. Ao meio dia Examinar como viveu a manhã. Pedir perdão pelas falhas. Renovar os propósitos e compromissos. Co

Pense numa pessoa pés-no-chão, organizada, parceira, corajosa, comunicativa, além do seu tempo, inteligentíssima, nobre e de muita fé. Agora pensa nessa pessoa cheia de ternura, de mansidão e de amabilidade. Essa pessoa é São Francisco de Sales. Nasceu em 21 de agosto de 1567 em Thorens, ducado da Sabóia (hoje França). Foi o primogênito de uma família que pertencia à nobreza. Estudou em La Roche (Sabóia), Annecy, Paris e Pádua, recebendo a melhor formação que se podia ter naquele tempo. Doutorou-se em Direito Civil e Canônico. Pronto: era só trabalhar e aproveitar a vida da nobreza. Mas não! Queria ser consagrado a Deus para anunciar o amor Divino. Renunciou à primogenitura. O pai armou uma tempestade: “tudo, menos isso!”. Realmente era loucura. O rapaz mais bem formado de todo o ducado queria ser um padre. É muito pouco, é um desperdício.   Quantas “brigas” com o pai que desejava que o filho assumisse tudo o que era da família! A história seguiu e Francisco foi ordenado padre em 1

Hoje (23 de janeiro de 2022), inicia o DUPLO JUBILEU SALESIANO que irá até o dia 24 de janeiro de 2023. Com esse jubileu celebraremos os 400 anos da morte de São Francisco de Sales e 450 anos do nascimento de Santa Joana de Chantal. Francisco e Joana nasceram, viveram e morreram na França: Francisco de 21/08/1567 a 28/12/1622 e Joana de 23/01/1572 a 13/12/1641. Ele padre, missionário, bispo, pregador e escritor. Ela esposa e mãe dedicada que ficou viúva. Administradora e caridosa, desejava dedicar-se mais ao serviço de Deus. Encontrou-se com Francisco de Sales em 1604 e se colocou sob sua direção espiritual. Daí surgiu uma grande amizade. Juntos fundaram a Ordem da Visitação de Santa Maria, onde ela foi a primeira a se tornar religiosa. O intuito da nova Congregação era ter uma “pequena colmeia” onde, “guiadas pela rainha caridade”, as irmãs de todas as idades, classes sociais e condições de saúde amassem a Deus e ao próximo com humildade e mansidão. Esses dois santos são pais de u

     Gaspar, Melchior e Baltazar enfim chegaram à gruta de Belém. Foi longa a viagem, mas valeu a pena. Os três Magos se impressionam com a beleza do Menino e o seu encanto. Também se impressionaram com a pobreza do lugar e com a simplicidade do casal de pais. Após observarem tudo minuciosamente e de confabularem entre si, um deles, Gaspar, dirigiu-se a Maria e a José: - Nós vamos levar o menino conosco. Maria se opôs com veemência, tomando o Menino no colo: - Não! Ele é nosso filho. Por que vocês querem levá-lo? Respondeu, Baltazar: - Nós sabemos que Ele é Deus. Caminhamos desde muito longe, por muito tempo, para encontrar o filho do Criador. Agora o vemos nessas condições precárias. Não julgamos justo deixá-lo aqui enquanto temos mais condições de lhe oferecer uma vida melhor. Dirigindo-se ao pai, pensando que o iria persuadir, Melchior continuou: - Nós temos mais dinheiro que vocês, José. Vamos educar melhor esse menino. Nós conhecemos toda a ciência, temos bibliotec