Padre Nildo Moura de Melo, OSFS

Um verso de paz E a paz de um verso. A palavra roubou-me de mim E me deixou assim: Em paz. A paz é a força de quem se reergue para a luta. Não tem ânimo o guerreiro Que não experimenta a paz, Ainda que na sofreguidão de um suspiro esperançoso. Um verso de paz E a paz de um verso, Ensina-me que ,se é possível dizer uma palavra nova, De paz, É possível, também, que os sinos toquem Cintilando uma nova aurora, Como chegou a nova palavra, Num verso de paz. E na paz de um verso.

A ressurreição de Jesus é o centro da fé cristã. A partir dela tudo se iluminou. Jesus ressuscitou a humanidade inteira ao vencer a morte, as trevas e o pecado. Não há palavras para descrever a ressurreição, há somente experiências. A ressurreição permanece um segredo de Deus. São as experiências que chegaram até nós. Experiências das pessoas que se deixaram envolver pela misericórdia do Senhor. Experiências de quem viveu algo extraordinário e deixou-se transformar. Experiências de quem ressuscitou com o Ressuscitado. O primeiro relato de tal experiência menciona o nome de Maria Madalena, a discípula amada. Aquela que “primeireou” à porta do sepulcro na manhã de domingo (Jo 20, 1-18). Ela o procurava como seu grande amor. E o Senhor se deixa encontrar para ressuscitar nela a fé, a esperança e a alegria da vida nova. Depois, temos o relato dos Discípulos de Emaús, provavelmente um casal que desanimado segue no caminho. Jesus se aproximou, como outro viandante, e puxou convers

A Igreja deriva da missão de Jesus Cristo que veio trazer o Reino de Deus a nós. A Reino de Deus é a vida feliz e fraterna para todos. Através dos Apóstolos, que hoje são os bispos, presididos pelo Papa, a Igreja está ligada ao Senhor de forma ininterrupta. Os bispos, como sucessores dos Apóstolos, são um sinal visível da fidelidade ao mandado do Senhor. São eles que garantem a transmissão da mesma fé ensinada por Jesus. Nos primórdios da Igreja, para uma pessoa pertencer à comunidade precisava ser aceita pelos sucessores dos apóstolos, os bispos. Ele administrava os sacramentos da iniciação cristã, a saber, o Batismo, a Crisma e a Eucaristia. Com o tempo o cristianismo se expandiu e os bispos não conseguiam administrar os três sacramentos a todos os que nasciam e eram introduzidos na fé. A Igreja estava crescendo. Então, o batismo, necessário para a salvação, passou a ser administrado pelos padres. Depois, até mesmo, pelos leigos. Mas a plena iniciação e participação na comunidad

Busquei o teu olhar quando chegastes, Indiferente se mostrou. Esperei que o tempo apaziguasse, Teu olhar não me enxergou. Senti que a indiferença me fazia cortesia No teu modo de esquivar-se de mim. Não quis fazer-lhe às vezes de quem a recebia, Dói de mais ser anfitrião de algo assim. Quis devolver-lhe na mesma moeda, Não consegui. Existe bondade em mim, Ainda que me trastes assim. Meu olhar te busca sem minha permissão, Ele insisti em insistir. Eu sou aquele que não tem tua atenção,                Mas acredita nos dias melhores vão surgir. Tu, que o fostes comigo, eu te peço, por favor, Não trates mais ninguém desse jeito. Use sempre de amor que amor não estraga, Deixe perfume, não espinhos na estrada. A indiferença faz a alma sangrar, Não te alienes com ela! Sê, ao menos humano, amigo, Veja-me como um irmão que te espera. A indiferença emudece os sonhos E sequestra a alegria do coração. Já o teu olhar tem poder de re

E nós, que temos um coração, Bem sabemos que não podemos viver em vão. Nós, que amamos, sabemos que a felicidade É, na verdade, muito do que sorrir ou não. Nós, que temos um coração, Acolhemos o motivo de ser de cada estação, Sabemos que não há maneira de aceitar a traição, Que não basta querer para esquecer uma paixão. Nós, que temos um coração, Sofremos mais que demonstra nossa emoção. E nos alegramos com bem menos retribuição Do que mereceria toda nossa boa ação.   Nós, que temos um coração, Amamos mais que imaginamos, Erramos mais que confessamos, E perdoamos mais que lembramos. Nós, que temos um coração, Bem sabemos o quão difícil é dizer “não”, E choramos depois que o fazemos Sem voltar atrás no que é certo e é bom. Nós, que temos um coração, Somos só mulheres e homens na multidão. Mas nele pulsa um amor maior Terna e teimosamente, como uma linda canção.

Esperança, você não morre, E isto é o teu segredo. A gente te descobre Mais forte que o medo, Mais tenaz que a dor, Mais viva que o sol, Tão parecida com o amor. Esperança, sempre esperança Contigo ninguém se cansa. E a palavra final não chega Porque as chaves permanecem contigo Como se a qualquer hora, Numa surpresa impressionante Você nos abrisse a possibilidade Que outrora soara impossível E então... Então acontece de novo O que um dia foi tão feliz. Esperança, tão sempre esperança Que nesta noite me alcança. Tem sido sempre assim, Tu me rondas e te aproximas de mim. E por horas és tão bela, Por outras, rígida demais. Ah, esperança! Tu apontas sempre para frente, Tu me alimentas a mente, Tu me trazes paz, Inquieta paz que me revela teu rosto, Rosto que encontro em cada sorriso, Em cada suspiro, Em cada grito de justiça e de amor, Em cada meigo olhar cheio de misericórdia, Tu és sempre concórdia! Esperança, se

Agora é hora de dormir, O dia de hoje já passou E amanhã será bem bonito. Dorme, minha bebê, Que, se o sol não sair, Eu vou sorrir pra você. E se ele vier,  Eu sorrirei mesmo assim, Como você sorri pra mim. Dorme, meu doce anjinho, Te amo sem medida, Sonha, o amor em ti não cochila. Dorme, minha pequena, Para que a noite e o inverno Não conheçam teus sonhos ternos. Descansa, meu amor, Que os problemas do mundo É para os adultos e Nosso Senhor.  Dorme, Querubim, E amanhã chama por mim,  Assim que preguiçosa acordar. Quero ouvir tua voz,  O meu nome chamando Pra fazer teu gostoso mamá. Quero ver-te manhosa  Querendo meu colo, E comigo por horas ficar. Quero tua felicidade, criança, Porque é também a minha E a de todo mundo deve ser. Se as crianças estão felizes O mundo todo fica contente E a vida está no rumo certo. Dorme, Anjo Querubim, Que toda noite tem fim E eu estou aqui bem perto. Dorme, meu bebê, Que Deus já

Queridas mães, Neste dia especial queremos fazer-lhes nossa homenagem. Não são apenas palavras, mas o verdadeiro reconhecimento por tudo aquilo que vocês são na nossa vida. Sim, mães, talvez não tenham dito a vocês, mas vocês são o sol da vida da gente. E, sabe, a gente pouco elogia o sol, pouco olha pra ele, pouco o agradece. Nem por isso o sol se esconde da gente, ele não consegue fazer isso. Consome-se nas chamas da qual é constituído, assim como vocês que se consomem na chama de amor, amor a nós, seus filhos e filhas. O sol tem calor e luz porque é constituído de matéria flamejante. Já vocês, mães, tem o amor como aquilo que lhes faz viver. Sem amor, vocês nada seriam. Sem os filhos, vocês não seriam quem são. Vocês nasceram de novo quando nós nascemos. Vocês tornaram-se novas pessoas quando o choro de cada filho(a) rompeu com a dor que fazia noite a vida. Agora somos nós que sem o seu amor, nada seríamos. Por vezes, nós lhes decepcionamos e lhes ocupamos com

São Francisco de Sales sempre exprimiu uma especial devoção para com Nossa Senhora. Chamava-a de “Santíssima Virgem, Mãe de Deus, vaso espiritual, rainha do amor divino, a mais amável, a mais amante e a mais amada de todas as criaturas” (Intr. TAD). Para ele, ninguém esteve mais unido a Jesus do que Maria (TAD, VII, XIV), pois ninguém amou tanto como ela amou: “Só a santíssima Virgem Nossa Senhora atingiu perfeitamente esse grau supremo no amor de seu querido Amado; ela é a pomba tão exclusivamente única em amor, que todas as outras, postas em paralelo com ela, mais merecem o nome de gralhas do que de pombas” (TAD, X,V). O santo bispo teve uma relação filial para com Maria durante toda sua vida. Quando menino, aprendeu a saudar a Nossa Senhora através do Ângelus , prática que usará com meio de santificação da jornada diária. Desde os sete anos rezava o rosário diariamente. Ao passar pela crise existencial em Paris, ainda jovem e estudante, foi liberto por Deus quando rezava a oraç

O contexto cultural, religioso, social, político e intelectual no tempo de São Francisco de Sales é marcado por mudanças. Nos séculos XVI e XVII ocorre a primeira fase da Modernidade, inaugurada por quatro movimentos: Renascimento (e o humanismo), Protestantismo, Descobrimentos e Centralização Política no soberano do Estado (FRANCO, 2001, p.171). Tudo isso gerava uma nova visão do homem sobre o universo, sobre a sociedade, sobre o Divino e sobre si mesmo. Os paradigmas mudavam. A Igreja enfrentava uma forte crise e, como se pode imaginar, para o cristão que quisesse seguir uma vida conforme o Evangelho, exigia-se um bom discernimento e heroica fidelidade. PAI DE UM NOVO CARISMA. Francisco de Sales é o pai de um novo carisma na Igreja, um carisma que vai para além da fé católica e que conquista a todos porque é amável e doce, firme e constante, humano e positivo. VIVA JESUS. Está condensado no lema “Viva Jesus” que nada mais é do que viver segundo Jesus, o Filho de Deus, de aco