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Mostrando postagens de junho, 2016

Aos que se casam

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O coração do ser humano só é feliz quando ama. Um amor de verdade nos mergulha na vida. Traz uma liberdade que nada mais torna-se empecilho intransponível. É um motor que nos move para o infinito. A paixão humana é um segredo divino. É uma força que primeiro rende, depois, enche a vida de luz e de sabor. O autor da vida quis assim. Nós nos unimos às coisas que são mais importantes por meio do amor. Ele existe para unir. E, unindo, dar sentido a cada minuto da vida. Por isso que o coração humano anseia por outro. E não descansa enquanto não o encontra. Acreditamos no amor, na graça de amar e ser amado. E celebramos isso no sacramento do Matrimônio, como momento em que uma aliança de mútuo e recíproco amor é selado. E para dar certo, é preciso a plena consciência desde “dar-se” um ao outro. Quando alguém se casa busca um companheiro para todas as estações da vida, para as intempéries e alegrias de cada tempo; busca um amigo, diferente de todas as outras amizades; um irmão que o

Para acertar o caminho

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Para acertar o caminho É preciso caminhar.                  Pôr-se de pé, sorrir com ternura E sempre acreditar. Acreditar que é possível, Que acertar o caminho é caminhar, Que fomos feitos para chegar, Que cada novo dia é um milagre incrível! O caminho é longo, Mais longo que os sonhos da gente. Ele é o chão, a realidade mais concreta Que pisam os pés de quem toca o céu. O caminho é o que temos, O “passo nosso” de cada dia. É esse tão real que não dispensa a fantasia Crepitante na alma da gente. Não é perfeito; é caminho! Não é castigo; é como é a vida! Não é privilégio; é oportunidade! Não é pronto; é lida! E cada qual tem seu jeito de caminhar; Tem quem vai mais longe, Tem quem precisa voltar mais vezes, E tem quem é vitorioso simplesmente por nele ficar. Hoje, aqui nestes versos desveludados, Uma reverência a todos os caminhantes Que, para acertar o caminho, Ousaram caminhar!

A lágrima que banha nossa face

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Por que choramos? E, por que, quando a gente chora, as lágrimas banham nosso rosto? Eu pensei muitas vezes sobre isso. Muitas vezes eu precisei falar sobre isso. Em outras tantas foi o meu silêncio que apenas acolheu elas, as lágrimas, como visitantes não esperadas, mas tão presentes. Fisiologicamente se encontra uma explicação com rapidez. É uma produção em excesso de lágrimas, estimulada por uma grande emoção, e que o canal que as leva para a garganta não comporta. Pode ser entendida ainda como uma expressão mímica para comunicar dor, nascida antes da linguagem falada [1] . Tudo bem. É assim mesmo. Mas não é só isso. Porque o que vivemos no nosso organismo possui uma centelha de divino. E é essa centelha da vida humana que nós mais enxergamos nas lágrimas. A gente chora porque a alma ferida pela dor ou pela alegria quer falar e não pode. Não pode porque está tão ferida que já não tem forças para gritar e comunicar toda angústia que sente; não pode porque as palavras não consegue

Atualidade do Tratado do Amor de Deus de São Francisco de Sales para a vida cristã

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É importante atualizar a mensagem para não esvaziar seu conteúdo. Compreendemos que o Tratado continua atual e propício para a vida cristã no mundo de hoje. Por isso buscaremos, neste último capítulo, apresentar algumas luzes e pontes possíveis para a ação pastoral da Igreja e de todas as pessoas de bem que beberem desta fonte. Primeiramente, faremos um paralelo entre os bispos Francisco de Sales e Francisco de Roma (Papa Francisco) ressaltando a compreensão do amor de Deus que ambos apresentam, o primeiro, há quatrocentos anos atrás e, o segundo, nos dias atuais. Em seguida, tomamos o Tratado como luz para a vida cristã em tempos de mudanças e mudanças de tempo, considerando as características históricas do final do século XVI e início do século XVII, quando o Tratado foi escrito, bem como as características de nosso tempo. Perguntamo-nos, então, como transmitir a mensagem do Tratado na realidade pastoral do século XXI?. E tomamos como último ponto outra indagação:   quatroce