A Vida, o Amor e o Mistério
Quando chegamos ao mundo nada sabemos do que vai acontecer. E quando crescemos, continuamos
sabendo de bem pouco. A vida é mistério. E do mistério se pode dizer bem pouco,
porque se oculta na própria luz de que é feito.
Na vida aprendemos
que, o que vale a pena, envolve amor. E o amor supõe liberdade. Liberdade é uma
coisa que aprendemos. Nos dizem que ela existe. De fato, existe. Mas não é
plena. Eis a decepção da vida adulta, mas também pode ser a via do compromisso.
Sim, viver não é fazer tudo e do jeito que se quer. Viver é amar e amar é ser
livre, mesmo quando a liberdade foi rendida.

Quem ama
também erra, também machuca. Também é machucado. Mas a diferença é que quem ama
não precisa buscar antídotos aquém, o encontra no próprio amor que traz. Sim,
quem ama pode oferecer o remédio para sarar toda ferida que os acidentes do
percurso, por ventura, tenham causado. Só que é preciso coragem, nobreza e
humildade. Quem ama é frágil e é forte. E só é um porque é o outro. É assim que
é. Porque amar é arriscar, sem a rendição ao medo de perder.
Enfim, do
amor a gente sabe muito e sabe pouco. Amar é viver. Como a vida é mistério,
mistério é o amor. Quando se encontra, festa. Na separação, luto. Na espera,
alegria. Na ausência, angústia. No fundo, sempre esperança. Esperança de que dê
certo, de que haja um modo, de que seja possível.
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