À beira do lago


Sentado à beira do lago estava o jovem Jesus,
Mergulhado em seus pensamentos, banhado pela luz.
Com dezenove ou vinte e nove anos de idade, talvez,
Pensava nos próximos anos, que chegaria sua vez.
Não era fácil decidir, nem mesmo saber a hora certa
Coisas que sempre vem, que a todo jovem aperta
Sem privilégios, ele passava pelos mesmos dilemas
Dos jovens de todos os tempos, de todos os sistemas.

Sentado à beira do lago estava o jovem Jesus,
Rezava em silêncio, num silêncio de luz
De onde emergia coragem, beleza e consciência,
Donde pelos pequenos decidiu ter preferência.
O canto dos pássaros, o verde das plantas
A frescura das águas, a luz como manta.
A leveza da brisa, a dureza das rochas
E um sonho aceso ali dentro como uma tocha.

Sentado à beira do lago estava o jovem Jesus,
Mirando aquilo que não se vê sob a força da luz
Deixar a casa querida, a mãe amorosa e a profissão
Doía pensar nisso tudo, mas é preciso seguir a vocação.
Saber que não será fácil, que haverá consequências
Que não se poderá recuar nem mesmo nas advertências
Quase afogava a juvenil utopia daquele coração
Que por amor um dia nos trouxe a eterna salvação.


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