Quando o pastor está ferido


Conduzindo o rebanho ao curral, o pastor escorreu e feriu-se, mas conseguiu levar o rebanho ao redil. Passaram a noite ali, as ovelhas e o pastor. Na madrugada, a febre aumentou, os calafrios vieram. Não tinha sido só um esfolão. Algo de mais sério sucedeu.

Na manhã, o pastor não conseguia sair para conduzir o rebanho. Apenas abriu a porteira para que fosse e voltou-se a deitar. Mas as ovelhas não foram. Ficaram ali, em volta dele. O cheiravam, o lambiam, o focinhavam. De vez em quando, uma, duas ou três saiam, pastavam em volta do curral, mas logo voltavam. Deitadas em torno do pastor, o aqueciam. Junto com o cãozinho que estava com elas, lambiam a ferida do pastor. De quando em quando, uma delas balia (berrava) como se fosse uma mensagem: estamos aqui, fica bom logo. Quando o pastor está ferido, as ovelhas com ele estão, o rebanho abre mão das verdes pastagens para ficar com seu pastor.

 

Assim temos nos sentindo neste tempo em que os padres estão enfrentando as dificuldades da doença pandêmica atual. A comunidade da paróquia Santo Antônio é como rebanho que não abandona os seus pastores quando eles estão feridos. Muito obrigado, meus amigos! Muito obrigado, povo querido! Deus vos recompensará por tudo.


 

 

Pe. Nildo, OSFS

 

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