Domingo de Ramos
Domingo
de Ramos, celebração que mistura alegria e dor, solenidade e despojamento. O Cristo
que entra em Jerusalém acolhido com alegria é o mesmo Cristo que será condenado
e crucificado. O povo que o aclama com “Hosanas” no evangelho do início da
celebração será substituído pelos que gritam “Crucifica-o” no evangelho da
Paixão. É a glória pela via da humilhação, o triunfo que acolhe a dor e a morte.
Acima de tudo, é o amor de um Deus que tudo faz por nós. Despoja-se de si mesmo
para nos vestir de salvação.
“Porquê toda esta humilhação? Por que permitistes, Senhor, que Vos
fizessem tudo aquilo?
Fê-lo por nós, para tocar até ao fundo a nossa realidade humana,
para atravessar toda a nossa existência, todo o nosso mal; para Se aproximar de
nós e não nos deixar sozinhos no sofrimento e na morte; para nos recuperar,
para nos salvar. Jesus sobe à cruz para descer ao nosso sofrimento. Prova os
nossos piores estados de ânimo: o falimento, a rejeição geral, a traição do
amigo e até o abandono de Deus. Experimenta na sua carne as nossas contradições
mais dilacerantes e, assim, as redime e transforma. O seu amor aproxima-se das
nossas fragilidades, chega até onde mais nos envergonhamos. Agora sabemos que
não estamos sozinhos! Deus está conosco em cada ferida, em cada susto: nenhum
mal, nenhum pecado tem a última palavra. Deus vence, mas a palma da vitória
passa pelo madeiro da cruz. Por isso, os ramos e a cruz estão juntos.” (Papa
Francisco)
Pe. Nildo Moura de Melo, OSFS
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