Padre Francisco Göettler OSFS


Padre Francisco Göettler OSFS, 14º pároco de Palmeira das Missões e 1º pároco dos Oblatos de São Francisco de Sales em nossa pároquia, nasceu em Grossenried na Alemanha, em 27 de fevereiro de 1905. Tomou posse da Freguesia de Santo Antônio da Palmeira em 08 de dezembro de 1935. Era um homem fisicamente magro, de porte ereto, estatura média, tez bem clara, cabelo ralo e claro, e olhos azuis. Usava batina preta com uma faixa larga na cintura e chapéu de feltro preto com copa grande e redonda, o que o caracterizava como sendo o pároco. Quando visitava as capelas no interior, colocava um guarda-pó bege.

Foi um homem reservado, muito enérgico, que primava pela perfeição. Era também alegre, otimista, brincalhão e de uma grande ternura para com as crianças. Gostava de reunir-se com as famílias dos paroquianos.

Visitava as capelas do interior a cavalo ou de "aranha", charrete alta com rodas grandes, puxada por um cavalo que tinha o nome de "Barbeiro".

Seu sermão era muito elogiado pelos paroquianos, pois louvava a Virgem Maria, aconselhava as famílias, enaltecia a grandeza de Deus.

Nas celebrações festivas se dedicava em dar à solenidade um cunho alegre. O Coral da Igreja era sua predileção. Ele cantava, vibrava e ensaiava três vozes. Cantava-se também em latim, e tudo tinha que ser perfeito, acompanhamento do violino, tocado pelo Sr. Arlindo Spilari, tendo como soprano a professora Erci Campos Vargas e como organista a professora Venina Palma.

As festas do padroeiro eram esperadas e preparadas com grande expectativa. Durante os dias da novena, a igreja se tornava pequena para a multidão de fiéis que comparecia. Padre Francisco, inclusive, adaptou um hino em homenagem a Santo Antônio, com a música de Nossa Senhora Aparecida, encerrando as novenas com o Coral, cantando-o em três vozes.

A vida Sacerdotal do Pe. Francisco transcorreu assim por vários anos. Adoeceu antes de completar vinte e cinco anos de sacerdócio. Ainda convalescente, saiu do hospital somente para celebrar a Missa de seu Jubileu de Prata, no dia 29 de junho de 1956. Sua força de vontade ao celebrar essa Missa, sua garra, sua fé inabalável comoveu e levou os fiéis às lágrimas. Quando retornou ao hospital, ainda no dia de seu jubileu, dentre todas as homenagens recebidas, foi realizada a hora da Ave-Maria com os poemas e a oração da Ave-Maria, dedicados integralmente a ele. Quando escutou atentamente, se emocionou muito. Parece que lutou contra a doença para comemorar tão importante data, pois em seguida, faleceu serena e santamente no dia 25 de julho de 1956.

Palmeira ficou enlutada, chorou no dia de sua morte, seu corpo foi levado em procissão para o Cemitério Municipal, no qual foi enterrado. Após alguns anos, seus restos mortais foram transladados do Cemitério para a Igreja Matriz, onde até hoje os fiéis reverenciam a sua memória.

Padre Francisco não era palmeirense de fato, mas sim de direito, pois amava Palmeira como se fosse sua terra natal. Ele batalhava, trabalhava para que a fé dos paroquianos crescesse, para que todos fossem verdadeiros cristãos.

 

Cf. Paróquia Santo Antônio. 150 anos de vida e evangelização. Ingrapal, 2007, p. 115-118.




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