A palavra desta semana foi “Aparecida”.

A palavra desta semana foi “Aparecida”.
Celebramos os 300 anos da aparição de Nossa Senhora nas águas do rio Paraíba do Sul, São Paulo. E a liturgia do dia 12 nos fez mergulhar neste lindo mistério.
A Rainha Ester (Est 5,1b-2; 7,2b-3) apareceu deslumbrante no vestíbulo, de modo que, quando o rei a avistou ali, ficou profundamente encantado com a sua beleza. Estendeu o cetro e pediu que ela viesse ao seu encontro. Ester sabia que era ela a única esperança do seu povo e recordou-se do que o povo havia dito: "Escutai, minha filha, olhai ouvi isto: que o rei se encante com vossa beleza" (Sl 44(45) 11.12a). Foi ao encontro do rei. Este lhe diz: “pede de mim o que quiseres. E ainda que peçais a metade do meu reino, ela lhe será concedida”. Ester ouviu no seu coração, novamente: “Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto...”. E pede ao rei: “a minha vida e a vida do meu povo”.
No Apocalipse (12,1.5.13a.15-16ª) apareceu uma mulher no céu, revestida de sol, tendo a lua sob seus pés; apareceu lutando contra o dragão por causa de seu filho e vence o dragão. Apareceu uma mulher que é mãe, que é geradora da vida.
No Evangelho de João Capítulo 2, 1-11, Maria aparece da cozinha e vai até seu filho: “Jesus, eles não têm mais vinho”. “Mas, mulher, a minha hora ainda não chegou”. “Sim, a sua hora acaba de aparecer. Faz alguma coisa!”. E onde faltava, apareceu o vinho de qualidade ainda não conhecida. Maria apareceu e porque ela apareceu quando faltava o vinho, apareceu o vinho onde só existia água.
Há 300 anos apareceu nas redes dos pescadores do rio Paraíba do Sul uma pequenina imagem de Nossa Senhora da Conceição. Foi mais do que uma imagem, foi um sinal do céu. Jesus nos dava uma prova de seu grande amor ao povo brasileiro ao nos dar, no sinal de Aparecida, a presença maternal de sua mãe. Depois de verem aparecida a imagenzinha de Nossa Senhora em suas redes, os pescadores lançaram novamente as redes, e onde não havia peixe, onde só existia a carestia, apareceu a abundância.
É tão bonito dar-se conta de que Nossa Senhora não aparece quando a mesa está farta, mas quando falta o alimento (o peixe), quando falta o vinho (a alegria). Ela não aparece para receber, mas para oferecer.
Como a Rainha Ester, Nossa Senhora aparece para pedir pelo povo. Diante do rei, seu pedido é em favor da vida de seus filhos. Como a mulher do Apocalipse, aparece para nos defender do Dragão, aparece para vencer o mal, aparece para defender seus filhos. Como nas Bodas de Caná, quando falta o vinho da alegria, da esperança e da fé, ela aparece.  Não para ser vista, não para ser aplaudida, mas para devolver aos filhos aquilo que nos falta, porque ela é Nossa mãe, conhece bem a “cozinha” de nossa vida e por isso sabe o que é que falta.
Sim, Maria aparece justamente quando nos falta:  quando nos falta a santidade, ela vem trazer misericórdia;  quando nos falta o pão e o peixe, ela aparece para saciar; quando falta o vinho, ela aparece para pedir por nós; quando falta a força, o ânimo, a coragem, ela aparece;  quando o dragão nos quer vencer - o dragão da corrupção, das injustiças, da traição, do medo, do desemprego; o dragão das doenças, da violência, do preconceito, da solidão - ela aparece para nos ajudar a lutar e vencer.
Esta é a mãe que nós amamos sem medo de errar. Nunca a amaremos como Cristo a amou. E como ser cristão é “amar como Jesus amou”, podemos amá-la de todo coração.
Maria não é deusa, não é mais que Deus, mas é a mãe dele.  Foi ele quem a escolheu, foi ele quem nos deu como mãe. Ela é como a lua. Toda luz que nela vemos, toda luz que dela vem tem sua fonte em Deus, em seu filho Jesus Cristo. Quando a fé em nós se põe e cai a noite do desespero, da dúvida, do medo, Maria é a lua para qual, nas noites escuras da vida, nós olhamos. Ela ilumina os nossos passos, às vezes escurecidos pelo pecado, pelas tristezas, pelas decepções, pelas estruturas sociais maléficas e, com ela, nós chegamos à aurora, com ela nós chegamos a Jesus, o sol de nossas vidas.
 Trezentos anos de Aparecida: Maria aparece de novo em nossas vidas para nos dizer o que ela sempre disse: “Fazei tudo o que Jesus disser!”. Sim, queremos contigo, mãe santíssima, Senhora Aparecida, fazer tudo o que Ele nos disser neste momento de nossa história. A senhora aparece para renovar nossa fé, nossa esperança, nosso amor e nos conduzir de novo a Jesus.

Viva Nossa Senhora Aparecida! Viva a rainha e Padroeira do Brasil! Viva Jesus Cristo, seu filho e nosso Salvador!

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