O privilégio de Maria
Naquele tempo, enquanto Jesus
estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora,
procurando falar com ele. Alguém disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus
irmãos estão aí fora, e querem falar contigo”. Jesus perguntou àquele que
tinha falado: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?”E, estendendo a mão
para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo
aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha
irmã e minha mãe” (Mt 12,46-50).

Maria, “a mais amante e a mais amada
de todas as mães” (SFS, TAD VII, XIII), foi quem, depois de Jesus, fez mais
perfeitamente a vontade do Pai.
Que poderia mais querer o Pai, senão
que alguém ficasse com o seu Filho amado no momento mais difícil da vida
dele?
Na cruz, quando o Pai não podia fazer
nada pelo seu Filho Amado em agonia da morte, Maria estava ali, como mãe,
cuidando do filho, mesmo sem poder tirá-lo da cruz.
A vontade suprema do Pai é que alguém
ajudasse o Filho Amado naquela triste hora de dor. Maria fica de pé. Ela o
ajuda, ela o escuta, ela o consola, ela é crucificada com Ele e seu coração
também é aberto pela lança, como o coração do Filho (Cf. SFS, TAD VII, XIII).
Maria foi quem, depois de Jesus,
melhor fez a vontade do Pai. Ela foi só de Deus e nunca o abandonou, nem quando
Ele silenciou diante da indagação do Filho: “Pai, por que me abandonastes?” (Mt
27, 46).
O privilégio de Maria foi o privilégio
da Cruz, onde o Pai e o Filho amaram a humanidade no absurdo da morte. Ela já
era mãe de sangue porque gerou Jesus no seu ventre; agora tornava-se novamente
mãe de sangue, de sangue de cruz; mãe porque fez a vontade do Pai, sendo o
rosto e a força do Pai para o Deus Filho que se entregava em sacrifício de
amor.
Pe. Nildo Moura de Melo, OSFS
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