No sol também há escuridão


Vieram a público na quinta-feira, 16 de julho de 2020, pela ESA (Agência Espacial Europeia, sigla em inglês) e pela Nasa, as imagens mais próximas do Sol já feitas por uma espaçonave, a Solar Orbiter, que estava a apenas 77 milhões de quilômetros do Sol, cerca da metade da distância entre a Terra e a estrela.
Essas imagens trouxeram uma surpresa: no sol, também há escuridão. As imagens mostram manchas escuras no sol, coisa que de longe não se imagina. Justamente ele, nossa fonte vital de luz, quando visto de mais próximo, revela-nos que possui pontos sem luz.
O sol não é escuridão porque tem manchas escuras. Ele é luz. Aquece e ilumina. De longe não se vê nada de escuro nele. Só de perto é que se pode perceber. Mas essa nova percepção não acrescenta nem diminui ao que ele é: o nosso astro rei.
Quando amamos e admiramos alguém, percebemos que, apesar da pessoa ser muito especial e importante, tem coisas nela que não nos encantam. A proximidade é muito desejada por quem ama, mas também é ela que revela a verdade nem sempre desejável em alguém. Amar é ser apaixonado pela luz, mas amar também é ser compreensivo para com a escuridão que o outro possui.
Ninguém precisa ser perfeito para ter importância em nossa vida. Precisa apenas esforçar-se por ser mais luz que escuridão. Aquele que é forte também tem fraqueza, aquele que é belo também tem feiura; o sábio também ignora, o amável se enfurece, o disposto se cansa e o sadio adoece.
O sol é desejado por todos os que precisam de sua luz. De pertinho, contrasta luz e trevas igualzinho a nossa vida humana. Não será menos desejado por isso, apenas melhor conhecido, conosco mais parecido e ainda mais interessante que a homogeneidade da luz. Pensemos nisso!

Pe. Nildo Moura de Melo, OSFS

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