Sal da terra e luz do mundo


Jesus nos definiu como “Sal da Terra e Luz do mundo” (Mt 5, 13-16). Quando Ele pensou em nós, pensou-nos assim: sal da terra e luz do mundo. Faz bem saber disso. Se entendemos o que alguém espera de nós, então podemos melhor responder. Jesus nos quis “sal da terra e luz do mundo”.

O SAL
O sal é precioso, dá sabor aos alimentos, livra da corrupção e purifica.
Em outras épocas da humanidade, o sal custava caro, era raro, por isso, precioso. Aos olhos de Deus, todo cristão é precioso, por isso Jesus nos compara com o sal. Todo cristão tem um valor muito alto aos olhos de Deus. Fomos comprados pelo sangue de Cristo (1Pe 1, 19). Deus deu o seu único Filho por nós. Jamais o cristão se sentirá “qualquer coisa”, mas precioso. Sua vida importa. Importa a Deus, importa à Igreja. Sendo precioso, jamais pode rebaixar-se. O cristão nunca será uma pessoa comum. Será sempre o sal precioso de Deus semeado nessa terra.
O sal concede sabor. Os cristãos também são chamados a darem sabor à vida das pessoas. É o sabor de Cristo, o sabor do amor, da fé e da esperança. Onde há uma pessoa que não consegue degustar a vida, o cristão leva o seu Senhor. Com o Evangelho, os cristãos entregam a terra o verdadeiro tempero da existência. A vida terrena já terá o sabor do céu. E isso por meio de cada um de nós.
Outra propriedade do sal é livrar as carnes da corrupção (de estragar). Os cristãos estão no mundo para que o mundo não se corrompa. Onde houver um cristão, uma comunidade cristã, a salvação de Jesus estará acontecendo para todos. O mundo não vai se corromper enquanto houver um cristão. Não vai! Porque nós somos o sal que preserva da corrupção. Os outros podem corromperem-se, mas não os cristãos. Onde houver um de nós, haverá a preservação do mal.
Por fim, o sal e é usado até mesmo para purificar (por exemplo: nascentes de água). Os cristãos não só preservam da corrupção, mas purificam a terra. O fazem por meio de sua oração, de sua ação, de sua presença. Em cada um de nós, Deus vai purificando o mundo. Mesmo que estejamos num meio de sujeira, nossa presença sempre será purificadora. Por meio de nós, Deus vai remindo o mundo. O mundo continuará sendo purificado em cada cristão.

A LUZ
A luz é a força que espanta as trevas. Por isso ela se complementa com o sal. Para terminar com as trevas no mundo, Deus acendeu sua luz em cada batizado. Se cada membro da Igreja viver sua vocação, as trevas do mal se dissiparão. Esse é o método de Jesus. O cristão deve iluminar pelas suas boas obras. Somos luz que Deus acendeu no meio do mundo.
Vivendo em comunidade, temos responsabilidades diferentes. Corremos os riscos de nos considerar mais ou menos importantes. Então, cabe a pergunta: qual a luz mais importante, a que brilha na avenida ou a que brilha num cômodo pequeno de casa?; a dos holofotes ou a das velinhas? A mais importante é aquela que ilumina. Deus nos acendeu para iluminar, não para se comparar. Devemos iluminar onde estamos e isso é o suficiente aos olhos de Deus.

A IGREJA
A Igreja existe para evangelizar. Tudo o que temos e somos é para evangelizar.  A razão de nossa paróquia, de nossas comunidades e pastorais existirem é o Evangelho. Todos somos evangelizadores, ou seja, continuadores do que Jesus começou. Que honra para nós! Que honra sermos os continuadores do que Jesus começou.
Temos uma missão dada por Deus e é por isso que nos dispomos a servir. Deus nos escolheu, Deus nos chamou para sermos seus colaboradores. Para nós, isso é motivo de muita alegria e gratidão. Fomos escolhidos, fomos eleitos, fomos chamados. E respondemos “sim”.
Nesses tempos, nossa marca registrada deve ser a ternura. Em nossas comunidades as pessoas devem encontrar o que não encontram em outro lugar: o amor de Jesus. Esse amor é o sal da terra e a luz do mundo que Jesus quer que sejamos. Excluamos tudo o que foge disso. Na ternura encontraremos uma expressão concreta desse amor e nossas comunidades terão novo vigor.


Reflexão realizada na Assembleia da Paróquia Santo Antônio de Palmeira das Missões (29 de fevereiro de 2020) pelo pároco Padre Nildo Moura de Melo, OSFS.

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