As pedras não vieram
Ele se abaixou e começou a escrever no chão
Enquanto interpelavam-no em nome de Deus.
Levantei os olhos, temerosos das pedras,
E vi os olhos dele encontrarem os meus.
Ele não estava na altura deles, mas como eu
E se jogassem as pedras, ele seria ferido também.
Trovejavam as interpelações dos santos autodeclarados,
Seu dedo no chão contornava palavras sobre alguém.
Parecia, derrepente, um menino brincando na areia,
Envolvido com as primeiras letras do alfabeto.
Desenhando alguma imagem feliz da memória,
Mas era Deus reescrevendo a minha história.
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