A dor do outro

A dor do outro não se julga, Não se mede o que dói mais. A dor a gente acolhe Co'abraço cheio de paz. Esta lágrima vertida Não se engole e pronto: jaz! Mas uma mão amiga Nos ampara e nos refaz. Pode ser um exagero Para chamar atenção. Pode ser que até errou Que nunca aprenda mesmo não. Mas, se bateu à sua porta, Não responda com a solidão. Tem palavras que nos curam Ou destroem ainda mais. O silêncio é moço sábio Que afaga nossos ais. Quem despreza o sofrimento Esquece que somos iguais. O amanhã é uma surpresa, Ontem e hoje são seus pais. Pe. Nildo Moura de Melo, OSFS