Cristo vive


A solenidade litúrgica da Ascensão do Senhor nos ensina que Cristo voltou ao Pai. Do Pai ele veio, ao Pai ele voltou. Este caminho é também o nosso caminho: de Deus viemos, a Deus voltaremos. Aprendemos que o céu é de verdade, que Jesus é nosso intercessor diante de Deus e que o caminho Dele é seguro: quem viver como Ele viveu nunca perderá a sua vida, mas entrará no céu de Deus.
O Cristo que volta ao Pai permanece também conosco, porque Ele é Deus. Na força do Espírito Santo, enviado sobre a Igreja, Cristo vive no meio de nós.
O Cristo que volta ao Pai faz da sua Igreja uma Igreja missionária. A Igreja missionária é aquela que vive em Cristo, por Cristo, com Cristo e leva o Cristo vivo a toda criatura. É uma Igreja em saída!
O Papa Francisco recentemente escreveu uma carta à juventude - e a todos nós -, depois de tê-la ouvido no Sínodo dos Jovens. O Santo Padre começa assim: “Cristo vive: é Ele a nossa esperança, a mais bela juventude deste mundo! Tudo o que Ele toca torna-se jovem, fica novo, enche-se de vida. Ele vive e quer você vivo”! (Christus Vivit, n.01). Sim, Cristo vive e nos quer todos vivos!
Refletindo estas palavras e colocando-as em comunhão com a solenidade litúrgica da Ascensão do Senhor, podemos concluir: existe um outro céu ao qual Cristo quer ascender, o nosso coração. Ele quer viver em nosso coração. E o nosso coração será sempre jovem se Cristo nele viver.
Tudo isso é tão bonito, mas há, entre toda essa beleza, uma verdade que entristece: em alguns corações Cristo não vive, Ele sobrevive. Sobrevive porque não lhe dá a graça de viver e realizar as suas obras.
No seu coração, Cristo vive ou sobrevive?
No coração do Pai, que é o Céu, Cristo Vive. No nosso coração Ele também quer viver. E, se Ele vive, toda nossa vida vai sendo transformada pela sua.
Cristo vive plenamente no coração generoso, solidário, perdoador. Cristo vive em quem faz de tudo pelo bem do outro, em quem sofre, luta, cai mas levanta. Cristo vive em quem não desiste e não perde a ternura diante das agruras da vida.
Cristo sobrevive no coração que odeia, que condena, que despreza o irmão. Cristo sobrevive no coração ganancioso, prepotente, agressivo, que não sente a dor do outro, não respeita, é egoísta e julga-se sempre estar certo. No coração dado ao lucro desmedido, ao dinheiro, aos vícios, às regras sem empatia, Cristo consegue no máximo sobreviver.
Ele sobrevive porque nos ama e nunca pula fora de nós. Desde o dia do nosso batismo Ele está no sacrário de nossa vida, mas não pode viver plenamente nem comunicar sua vida quando essas coisas imperam.
Nossa missão é fazer do nosso coração o céu de Jesus, onde Ele quer viver plenamente.  Nós somos o céu de Cristo. Cristo vive em nós e quer sempre ascender aos nossos corações.
Meus amigos, permitamos que Cristo viva plenamente em nosso coração, assim como Ele vive no coração do Pai. Agora mesmo, comecemos a vencer o que é trevas e dar espaço à luz que é Jesus. O coração do Pai e o coração de cada ser humano são o céu de Cristo. Ele ali vive. E sua vida nos faz viver, porque Ele nos quer plenamente vivos.

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