Aparição de Jesus ao Bem-aventurado Luís Brisson

A Congregação dos Oblatos de São Francisco de Sales foi fundada em 1875 pelo bem-aventurado Luís Brisson, sacerdote da diocese de Troyes, na França. Antes, porém da fundação, o padre Brisson teve algumas experiências que o fizeram entender os desejos de Deus para com ele. A maior delas foi a aparição de Nosso Senhor no locutório do Mosteiro da Visitação de Troyes.
Recém ordenado, Luís Brisson havia se tornado capelão no Mosteiro da Visitação (Troyes). Era superiora a madre Maria de Sales Chappuis, chamada Boa Madre. Quando jovem, ela tinha recebido a inspiração de Deus para fundar uma Congregação sob o espírito da Ordem da Visitação, fundada por São Francisco de Sales e Santa Joana de Chantal.
Quando a Boa Madre encontrou o jovem padre Luís Brisson, percebeu que este sacerdote era a pessoa que Deus escolheu para que o projeto de São Francisco de Sales se concretizasse, mesmo passado 200 anos (Francisco de Sales, 1567-1622, sonhou em fundar um Ordem Masculina). No entanto, quando ela lhe fala de suas inspirações, o jovem padre não lhe dá créditos. No dia 24 de fevereiro de 1845, a Boa Madre insiste mais uma vez nesse propósito. Luís Brisson eleva-lhe o tom: “mesmo se um morto ressuscitar, não me renderei”. Ao ouvir essas palavras, ela se levantou e saiu do locutório sem dizer uma palavra. O capelão Brisson ficou ali, com os braços apoiados sobre a mesinha estreita diante das grades do locutório, confuso e irritado também. Então, aconteceu o grande sinal, como ele contou bem mais tarde.

“Depois de uns sete minutos, levantei os olhos e vi o Senhor parado do outro lado da grade, a uma distância de uns dois metros de mim. A minha primeira reação foi uma sensação de resistência: ‘Agora acabou. Agora tenho que ceder’. A minha resistência aumentou: ‘Talvez seja uma ilusão’. E comecei a observar a figura detalhadamente. Comecei debaixo, com os pés e as sandálias. De início, não me animei mirar diretamente os olhos. Estudei-o com precisão, como um pintor observa seu modelo minuciosamente. Eu não queria ser enganado. Queria constatar que o que vi com os olhos era uma realidade. Devagarzinho meu olhar subia. Finalmente fitei o Senhor no rosto. Ele não disse nada, mas me olhou com o aspecto um pouco severo e descontente; e eu não pude duvidar de que Ele me pediu que eu fizesse o que a Boa Madre me dizia. Atirei-me de joelhos e consenti, sem dizer uma palavra ou fazer um gesto. Experimentei uma profunda paz e uma grande calma. Todo o tempo me senti bem tranquilo. A aparição se esvaeceu”.

Quarenta anos depois, os Oblatos eram fundados oficialmente. Foi o olhar do Salvador, juvenil e severo, que fez o bem-aventurado Luís Brisson iniciar esta obra que a Boa Madre lhe comunicara. Nesse relato, nós, Oblatos de São Francisco de Sales, entendemos a nossa grande origem, a manifestação do desejo de Nosso Salvador que quis o nosso Instituto, o nosso carisma, a nossa missão.

Deus seja bendito!

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