Felicidade frágil
Felicidade frágil
é aquela que facilmente se quebra, que é perfeccionista, que só consegue existir
se tudo estiver bem. É uma felicidade que depende sempre dos outros, dos fatos,
do sucesso e do prazer de cada momento. Não sabe ser autônoma, genuína e
protagonista. Boicota seu anfitrião com sua insatisfação.
Muitos
de nós carregamos uma felicidade frágil, não porque nos restaram as migalhas da
vida, mas porque, a moda de Hollywood, passamos a interpretá-la como sucesso e a
fizemos refém dos finais perfeitos. Frustações passaram a se chamar
infelicidade. Esquecemos que ter problemas na vida não significa, de forma
alguma, ter vida infeliz.
A
felicidade anda frágil, meus amigos, porque o ser humano tem elevado o que é
fantasia ao grau de objetivo; e cobrado dos sonhos, plena realização. Não é
assim que funciona: sonhos e fantasias são mais combustíveis que outra coisa. Não
que eles não sejam possíveis: o são. Mas deve-se ter consciência que, se não
acontecerem como esperado, não podem falir com a sua alegria de viver.
Cuide da sua felicidade, faça-a robusta. Que ela exista apesar dos problemas, das dificuldades e das frustrações. A felicidade precisa ser resistente, teimosa, audaciosa. A fé é uma forma de tornar a felicidade robusta. Pelo nosso modo de confiar plenamente em Deus, não deixamos que a nossa felicidade seja sequestrada pelas coisas que dão errado. A fé é uma janela muito importante por onde entra a luz da esperança, que faz com que permaneça vigorosa a nossa felicidade. Felicidade frágil, não! Resistente, teimosa, robusta, audaciosa. Essa felicidade que se ancora na fé e que não se deorrota por qualquer frustração.
Pe.
Nildo Moura de Melo, OSFS
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