O grito do presépio

Toda vez que dou atenção ao presépio fico sem palavras. Vejo o evangelho dos analfabetos me ensinando o que não aprendo em outro lugar. É como se o presépio fosse um grito. Um grito de paz, um grito de humanidade, um grito de coração a coração.
Enquanto nós estamos perdendo a humanidade, Deus está se fazendo humano. Este é o grande grito! Ali, na manjedoura, Ele abre mão da condição de ter tudo para simplesmente ser: ser gente como sua gente. Num mundo em que se perde a identidade humana, Ele nasce para dizer que nossa humanidade tem valor. Pode haver coisa mais bela?
No presépio não é um menino que se torna Deus, mas Deus que se torna menino. E quanta gente querendo ser Deus por aí! Mas ele quis ser um de nós. Essa foi a declaração de amor mais linda que alguém poderia ter feito por nós! Por que dar atenção à outra? E quão exigente é esse amor! Ele não recuou. Um dia a humanidade também não mais recuará. Que assim seja! Que ouçamos o grito do presépio!

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