Vem descansar comigo!

Descansar com Jesus é diferente de simplesmente “descansar”. É confiar nele e alcançar com ele a liberdade de tantos fardos. “Vem descansar comigo”, insiste Ele. “Vem a mim, você que está cansado e sobrecarregado com o peso do seu fardo e eu lhe aliviarei, pois, o meu fardo é leve e o meu julgo é suave” (Mt 11,28).  E quando vamos a ele, como gotas de orvalho, ele vai derramando seu amor em nosso coração, que já estava ressequido e enrijecendo-se. Assim, a esperança vai tomando cor, a alegria vai despertando graciosamente, a alma se desacorrenta daquelas preocupações e a paz se torna nossa força.
O que nos cansa não é o acúmulo e o desafio das múltiplas tarefas e responsabilidades que abraçamos ou esse longo período de recessão. Desse cansaço se regenera com facilidade. Há outras coisas mais difíceis. São aquelas que não estão ao nosso alcance para serem resolvidas. São também as que parecem ter mais força do que a gente. E, ainda, algumas outras que temos que fazer, mas não encontramos o sentido delas.
“Vem descansar comigo!” (Cf. Mc 6,31), diz o Senhor. E está querendo nos dizer para confiarmos nele. Sim, para ficarmos do seu lado, ouvirmos suas palavras, deixarmos que sua luz nos ilumine, darmos atenção ao seu amor. É simplesmente a sua presença que nos toca e nos importa. Confiamos nele, renovamos nossa amizade com ele, fazemos da vida uma oração, de cada suspiro e de cada lembrança uma nota musical compondo uma canção para ele. E as nossas forças vão ganhando novamente vigor, vitalidade, porque Ele é a fonte que jorra para a vida eterna.
Deixemos Deus nos amar. Esse amor nos devolve a consciência do quanto ele nos quer bem, do quanto nos valoriza e nos acompanha. Não desanimar nunca! Deixemos que Ele nos ame, nos toque, nos diga suas palavras de vida eterna. O Senhor é apaixonado por nós. Nos ama na exata medida que precisamos. Deixemo-nos amar por Ele. Descansemos com Jesus e confiemos nossas preocupações, medos, dores e angústias a Ele. “Vem descansar comigo!”, é a única coisa que ele está pedindo agora. Não resistamos. Demos-lhe a alegria de nossa companhia.


Pe. Nildo Moura de Melo, OSFS

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