Vem, Senhor, sobre as águas deste mar

Estou cansado de remar, Senhor.
O vento está muito ao contrário
E a cada momento parece crescer.
É madrugada e eu não sei o que fazer:
Para remar não tenho mais forças,
Afogar-me-ei se me lanço ao mar,
Se me deixo à sorte
E espero a morte,
Também não tenho consolo
Não consigo arriscar.

Vem, Senhor, sobre as águas deste mar.
Vem, Senhor, vem me salvar.
Vê que estou tão cansado,
Vem ficar ao meu lado.
Acalma a tempestade,
Repreende o mar,
Só não passa na frente, 
Sem me ver, despercebido,
Pois só tenho a ti, meu amigo,
Vem! Vem me ajudar!

Estou com medo, Senhor.
E sinto munha alma envolvida
No negro véu da solidão.
Muitos fantasmas me assombrando,
O Senhor bem sabe quais são.
Da fé, pouco tem sobrado
E me encontro tão fraco,
Nesta noite cumprida
Em meu Rosário de lágrimas vertidas
Eu lhe dirijo esta oração.

Outra coisa não faço do que remar
Nestas águas que já forma esperança
Mas se fizeram hoje pesadelos,
Os quais temo como criança.
A aurora de tua imagem ao longe vejo,
É só um lampejo,
Estou confuso, não tenho clareza.
É como um velinha meio acesa
Quase sim, se apagando,
Mas vem se aproximando.

O vento não cessa,
De Ti tenho pressa,
Meu Deus, vem sobre o mar.
Vem, Senhor.
Vem, meu Amor.
(Mc 6,45-52)

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