Um Deus que ama sem “porquês”


Um Deus que ama sem “porquês”: esse é Aquele que ouve nossas preces no silêncio de cada dia; esse é Aquele que não desiste de ninguém, o Deus que Jesus nos fez conhecer.
Não há razão para Deus amar: Ele simplesmente ama, porque de amor consiste o seu ser. Todos os dias milhares lhe viram a cara, outros tantos fecham seu coração e há aqueles que em Seu nome cometem atrocidades. Mas Deus não arreda o pé do amor. Sabe discernir os erros das pessoas, suas ofensas e as cabeçadas que dão da correção que é necessária na arte de amar. Deus não confunde seu amor. Este é como um imã procurando atrair nosso coração de ferro.
Deus nos ama! Graças a isso podemos retornar sempre. De Deus, nada menos se pode esperar. Ele ama, num amor sério e concreto. Ele ama como a mãe da vítima, como o pai do criminoso: são dores opostas, mas vínculos iguais. Deus conhece os extremos da vida humana. Ele sabe exigir e sabe amparar. Desafia e capacita. Não quer nada em troca: nossa felicidade é sua recompensa. O mandamento do amor, de fazer o bem, é um presente, não uma punição. Deus no-lo deu porque sabe que este é o nosso caminho. Quanto mais amor, mais céu; quanto mais amor, mais liberdade; quanto mais amor, mais prazer (mesmo na dor); quanto mais amor, mais humanidade.
Sim, para nós encontramos um “porquê”, sempre uma razão para isso e aquilo. Para Deus, não. O amor Dele se justifica no seu próprio ser que é amor. Embora alguém possa pensar que tal concepção desresponsabilize a humanidade, bem sabemos que não é assim. Qual potência tem o amor de Deus que nos compromete com uma doce força! O amor de Deus é o mais exigente de todos, mas não se baseia em “porquês’ para existir.
Não percamos tempo mutilando-nos em nossos pecados: corramos para a bondade de Deus, para sua ternura. A perfeição do Senhor deve ser nosso ponto de atenção. Nossos erros devem ser visitados rapidamente para corrigir-nos. Mas eles são estéreis em si. Não fiquemos neles. Só a graça e o amor os tornam fecundos quando estamos semeando misericórdia e justiça. Deus nos ama, não duvidemos. E não busquemos razões: Deus nos ama sem “porquês”. Nele, envolvidos por sua ternura, aprendamos a amar sem “porquês”. Então, algo de muito diferente nos acontecerá, uma nova aurora se levantará e estaremos construindo um mundo novo, renovado e feliz. Não é tão simples, mas é possível. E se é possível, arrisquemos. Aí está a liberdade, o verdadeiro gozo do coração, a paz que tanto buscamos e  a vida que não conhece fim.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dinâmica da Flor de Papel (recolhida pelo autor)

Dinâmica de Semana Santa para Grupos de Jovens

Roteiro de orações para procissão de Corpus Christi