A Bíblia e o Coronavírus


CUIDADO COM QUEM USA A BÍBLIA PARA AMEDRONTAR

Em tempos de Coronavírus, muitos têm usado a Palavra de Deus para justificar o que está acontecendo, fazendo previsões bíblicas e amedrontando o povo. Cuidado! A Bíblia não foi escrita para isso, mas para “comunicar a sabedoria que conduz à salvação pela fé em Jesus Cristo” (Tiago 3, 15). Ela nos faz conhecer a história de Deus com o seu povo, nos indica o caminho Dele e nos aponta as esperanças que o Senhor nos garantiu. Por isso, diz o Apóstolo São Tiago (3, 16-17): “Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra”.
Meu irmãos e irmãs, não se deixem enganar por quem usa a Palavra de Deus em benefício próprio e de suas ideias. Sejam autênticos seguidores da Bíblia e não amedrontados especuladores de profecias apocalípticas.
Lembrem-se que os livros bíblicos possuem linguagem muito rica e ilustrativa, próprio da cultura em que foram escritos. É Palavra de Deus, mas escrita por mãos humanas, por isso, de acordo com as categorias de interpretação de então. É o Espírito Santo que no-las interpreta por meio da Igreja:  “Quem escuta vocês, escuta a Mim” (Lc 10, 16), disse o Senhor a seus Apóstolos. Dessa forma, a Palavra do Senhor não se prende ao tempo e permanece sempre atual.
O Espírito Santo, que nos revela a verdade diante dos acontecimentos do mundo (Jo 16, 12-15), não fica procurando pecados para justificar doenças e calamidades, não faz previsões alarmantes nem amedronta. Sempre nos traz a palavra de Cristo que fortalece a esperança, alimenta a fé e anima a caridade para que seja viva no coração e nos atos de cada um.
Em tempos de Coronavírus, escutemos a Jesus que nos fala: "Neste mundo vocês terão aflições; mas tenham coragem! Eu venci o mundo" (Jo 16, 33) – “Eu estarei com vocês todos os dias” (Mt 28, 20). E façamos a nossa parte prevenindo-nos e cuidando uns dos outros: “Se vocês tiverem amor uns para com os outros, nisso reconhecerão que vocês são meus discípulos” (Jo 13, 35).

Pe. Nildo Moura de Melo, OSFS

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