Ser santo é dar frutos

O Papa
Francisco, na sua Exortação Apostólica Gaudete et Esxultate (GE) nos apresenta
oito frutos que todo cristão precisa produzir:
1)
ser pobre no coração (GE 70) – não querer
acumular e lucrar a todo custo, não entrar na lógica do capitalismo, não se
julgar melhor do que os que têm menos condições financeiras, deixar no coração
uma única riqueza: o amor a Deus e aos irmãos;
2)
reagir com humilde mansidão (GE 74) –
não entrar na lógica do mal que sempre reage com a mesma arma de quem agride. As
trevas não iluminam a escuridão. Só a luz ilumina. E a luz é diferente das
trevas;
3)
saber chorar com os outros (GE 76) –
sentir a dor do irmão como se fosse minha dor e fazer algo concreto para ajudá-lo
a suportá-la e a superá-la;
4)
buscar a justiça com fome e sede (GE
79) – ou seja, não fechar os olhos para as injustiças, mas agir com caridade e
coragem quando se depara com algo injusto;
5)
olhar e agir com misericórdia (GE 82)
– de forma que não julgue os outros, mas encontre uma maneira de ajudar
concretamente a sair da condição “miserável” que se encontra, seja ela qual
for;
6)
manter o coração limpo de tudo o que
mancha o amor (GE 86): porque se deixamos o coração sem vigilância, ele
corre risco de encardir-se com as coisas perversas que há;
7)
semear a paz ao nosso redor (GE 89) –
as pessoas esperam isso de nós. Nunca a discórdia, as brigas, o preconceito, a
desavença. Sempre a paz;
8)
abraçar diariamente o caminho do
Evangelho mesmo que nos acarrete problemas (GE 94) – não é fácil testemunhar
Jesus, muitos não querem essa luz, muitos não entendem e outros sabem que ela
vai contra sua atitude egoísta e maldosa deles. Então fazem objeção, criam
problemas. Por isso é preciso cotidianamente abraçar o caminho do Evangelho, a
fim de não desanimar.
É bom
saber que ser santo não é algo tão complicado, nem mesmo é uma exigência de
acertar sempre, mas consiste em levantar quando se cai e fazer o que precisa ser feito! É bom saber que ser
santo não é realizar obras extraordinárias, mas fazer as coisas simples com um
grande amor, cumprir o nosso dever com alegria e convicção! (São Francisco de
Sales).
Se alguém vem a você procurando o fruto de sua ajuda e você o ajuda, então
você está sendo santo; se alguém lhe pede o perdão e você o perdoa, esse perdão revela
santidade em você; se no caixa do mercado a moça lhe entrega o troco a mais e
você volta devolvê-lo, você está sendo santo; se alguém vem falar mal de outro
e você diz que não quer ouvir, você está sendo santo; se o filho pede ao pai
carinho e o pai lhe dá, este pai está sendo santo; a mãe que cozinha para a família
está sendo santa, o que cuida do doente com paciência está sendo santo, o jovem
que capricha nos seus estudos para ajudar as pessoas com sua profissão, está
sendo santo.
A santidade
é assim: fazer o que tem que ser feito e fazê-lo bem, com um grande amor ou, ao
menos, com alegria (São Francisco de Sales). É dar os frutos que os outros
esperam de nós porque nós nos apresentamos a eles como portadores de tais
frutos. É ser genuíno na aparência e na ação. É cumprir o que prometemos fazer.
É descobrir o que Deus espera de nós e oferecermos estes frutos a ele. Sim, como
a laranjeira é perfeita dando laranjas, nós seremos santos dando os frutos próprios
de nossa vocação.
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