Bodas de Caná e Tempo Comum


O verde dos paramentos aponta o tempo comum na liturgia, que significa o cotidiano permeado pela esperança da fé e do amor que nos acompanha e motiva. Esperar em Deus e seguir com fé em frente. Esse é o sentido do tempo comum.

Neste II Domingo contemplamos o primeiro sinal de Jesus narrado no Evangelho de João, quando o Senhor transforma, depois da intercessão de sua mãe, a água em vinho, nas bodas de Caná.

O sentido profundo desse casamento é o união de Cristo com a Igreja. O noivo é Jesus, a noiva é a comunidade (Igreja). E o casamento é esta festa que celebramos sempre quando nos reunimos para a Eucaristia. Por isso, o vinho novo é ofertado pelo próprio Jesus, que transforma água em vinho. Vinho representa alegria: quando o verdadeiro noivo está presente, das talhas de pedra (sem vida e fria) emergem a alegria e o otimismo que faz da vida uma celebração.

Maria exerce o papel de intercessora. Sabe quem é o Noivo e vai até ele. O Vinho da Antiga Aliança acabou - aquela Aliança passou - é preciso um vinho novo, que só Ele tem: "este é o cálice do meu sangue, o sangue da noiva e eterna Aliança". Jesus responde que a Sua hora ainda não chegou. Ele pensa na hora da Cruz. E mesmo assim faz o que ela pede. E aos servos (todos nós) ela diz: "façam tudo o que Ele vos disser". O sinal acontece.

No comum de nossas vidas, Jesus nos desposa e traz alegria. Seu amor nos faz íntimos Dele e dos que Ele ama. É preciso fazer tudo o que Ele diz e sempre participar de sua festa. Sua Mãe e nossa, Maria, sempre nos ajudará com sua intercessão e sua orientação. Encontremos na Eucaristia, neste sábado e domingo - e em todo o tempo comum -, o sinal do amor fiel e salvador do Noivo Jesus apaixonado por cada um de nós, pela Igreja e por toda a humanidade. Amém.

Pe. Nildo Moura de Melo OSFS

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