Semelhantes a José
Vivemos os dias que antecedem o Natal. E um personagem que nos impressiona é José. O mesmo Deus que escolheu Maria, o escolheu para ser o pai de Jesus. Num ano em que tivemos tanta violência contra mulheres, José desponta como modelo de ser homem.
Maria tinha um mistério, José não forçou explicações. E as explicações vieram.
Maria precisou ir ao encontro de Isabel, José soube ceder a companhia da noiva para a ajuda da parenta anciã. Não reclamou.
José precisou ir a Belém. Levou Maria junto. Não tendo encontrado um abrigo, fez de um curral um palácio. Carpinteiro, soube reconstruir o orgulho de pai dentro de um estábulo. Primeiro a mulher, primeiro a criança, depois eu. Assim pensava o esposo de Maria.
Quando Herodes queria matar o Menino, José levantou-se na escuridão, deixou tudo e partiu com a família. Humilhou-se ao fugir para o Egito, país que tinha feito sua gente escrava. Nunca culpou Maria por ter aceitado aquela proposta sem antes falar com ele, sem antes ter medido as consequências. Companheiro, sempre!
Quando o Menino se perdeu no templo, José não brigou ou culpou Maria, nem Maria a ele. Deram-se as mãos e o procuraram incansavelmente. Ao encontrá-lo, foi Maria quem falou, José soube que era hora dela. E ela não esqueceu de mencioná-lo quando falou com Jesus.
Caros homens, sejamos semelhantes a José! Sejam companheiros de suas esposas. Amem, respeitem, ajudem. Nunca as diminua, nunca as abandone, nunca as ignore.
Há muita violência disfarçada nos lares e nas relações. Homens grosseiros, exigentes, que gritam, xingam, se emburrecem; que não dizem um “muito obrigado”, não tecem um elogio, não ajudam nas tarefas domésticas. Homens ciumentos e possessivos, que diminuem a opinião de suas esposas quando são contrárias às suas. Homens que não deixam a esposa administrar nem mesmo o próprio dinheiro. Isso tudo é violência, é pecado, é o contrário do que foi José.
Semelhantes a José, não iguais a ele, porque ele foi único, e o mistério de seu matrimônio também. Semelhantes a José: eis a proposta de Deus para todos os homens.
Pe. Nildo Moura de Melo, OSFS
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