CAMPANHA ELEITORAL, UM CAMINHO DE PAZ

O diálogo e o respeito às diversas
opiniões, a oportunidade de conhecer propostas e a possibilidade de viver um
tempo sem romper laços de família e comunitários devem ser defendidos. Às
vezes, alguém que a gente ama e admira toma uma posição que não nos agrada. Em
outras, pessoas que tinham nosso respeito, surpreendem-nos com atitudes que não
imaginávamos. Nem por isso precisamos criar guerras. A violência, as atitudes
grosseiras e excludentes nunca iluminam a vida de ninguém, nem melhoram nossas
comunidades. Quem envereda-se por este caminho perde a legitimidade do bem que
gostaria de fazer.
Sempre devemos considerar cada um
como pessoa sagrada, ainda que não nos pareça simpático. Toda pessoa tem mãe,
pai, filhos, família – pensemos nisso antes de qualquer atitude. O tempo de
Campanha é passageiro e tem um objetivo claro: convencer o eleitor de quem são
os melhores e mais aptos entre os candidatos. Não pode, por isso, violar a
dignidade da comunidade estragando a caminhada que se fez.
Devemos honrar como sagrada a nossa
família, não permitindo que as campanhas eleitorais elejam nosso candidato e,
em contrapartida, derrotem os laços entre pais e filhos, entre irmãos, entre
parentes, entre família. Que ganhem os dois, mas que nunca percamos as pessoas
de nossa família, que nunca se perca os relacionamentos construídos com
lágrimas e suor, que não se troque uma história familiar tecida com tanto
sacrifício para ganhar uma opção política! Nosso país não será melhor se os
relacionamentos tornarem-se piores. Nossas cidades não serão construídas se
nossas famílias forem destruídas. Tenhamos sabedoria! Não abramos mão da paz,
jamais!
Alguém sempre tem que dar o
primeiro passo. Não espere ser o outro. Dê você o primeiro passo! De forma
alguma coopere com aquilo que fará chorar uma mãe, de modo algum pise numa
pessoa. A democracia não precisa disso. Seja corajoso! Não deixe de herança às
crianças e aos jovens rixas político-partidárias. Deixe como herança o
exercício livre e respeitoso da democracia. Deixe como herança o diálogo franco
e verdadeiro. Deixe como herança o livre exercício do pensamento e a opção irrenunciável
por um caminho de paz.
Eu, que creio em Deus, rezo por
todos. Convido você a fazer o mesmo. Que Deus nos ajude a fazer um caminho de
paz nesta campanha eleitoral! E se houver situações muito difíceis em nossos
municípios, vamos rezar, vamos dialogar, vamos manter unidas nossas famílias e
nossas comunidades. Guerra, jamais! A cada um que vier apresentar-nos suas
propostas, saibam que a condição de ouvi-los é a paz e o bem-comum. Os que
creem em Deus tem estes critérios para tudo na vida. Disputa eleitoral com
propostas lógico-concretas, não com violência factual ou verbal. Respeito a
todos porque é assim o modo de construir um município e um país melhor. Vamos pedir
esta paz em nossas igrejas, vamos nos unir como comunidades, vamos cuidar do
tesouro sagrado que é nossa família!
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