Como uma tela diante do pintor
Santa Margarida
Maria Alacoque (22 de julho de 1647
- 17 de outubro de 1690),
confidente do Sagrado Coração de Jesus, nasceu em Verosvres,
na França e ficou órfã de pai ainda criança, tendo uma infância e adolescência
sofrida. Quando jovem, viu-se atraída pelas coisas comuns da sociedade, mas o
apelo a uma vocação especial foi mais forte, por isso entrou na Ordem da
Visitação de Santa Maria (Annecy, França, 1610), fundada por São Francisco de
Sales e Santa Joana de Chantal. Uma Ordem de clausura, devotada ao silêncio, à
oração e à Virgem Maria.
Margarida quis
viver uma vida simples e nessa simplicidade servir ao Senhor. Eis que, certo
dia, a moça de coração simples viu-se surpreendida pelo Cristo que aparecia
diante dela e lhe dizia: “põe teu coração no meu e o meu coração no teu. Não
tenhas medo de abraçar a cruz. Tens também meu ombro e minha força. Eu sou
Jesus” (Pe. Zezinho).
Santa Margarida
Maria viveu numa época em que vigorava uma nova doutrina na Igreja da França: o
jansenismo. Esta doutrina dizia que Deus é justiça, e ponto final. Sim, Deus é
justiça, mas também é amor. Deus tem um coração e é esta a doutrina que esta
mulher enclausurada deveria anunciar o mundo inteiro. Deus ama a cada homem e
cada um diz: “vinde a mim vós que estais cansado e eu vos aliviarei, pois o meu
fardo é leve e o meu jugo é suave” (Mt 11, 28-30). Vinde! “Sou aquele que tem o
coração manso e humilde”.

Hoje precisamos
aprender isto, a ficar diante de Deus em tudo o que nos acontecer. Fique perto
de Deus. Fique com ele. Deixe que ele pinte o seu amor em ti. É o amor que dá
sentido à nossa vida e sem ele não podemos viver plenamente. Ame e tudo será
diferente. Para nós católicos, o Sagrado Coração não é um símbolo, mas a
comunicação do amor sem limites que Deus tem e nos convoca a ter também. O amor
mudará o mundo. Mudará porque, quando cada pessoa o acolher, irradiará em seus
gestos aquilo que Deus é. Com Deus a felicidade existe.
Num mundo que
valoriza o fazer, o ter, o saber em si mesmos, vamos optar por ficar, simplesmente ficar
como uma tela diante do pintor, para que Ele deixe em nós as marcas do seu
amor.
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