O Universo é ou não amistoso?
Perguntaram
para Einstein qual era, para ele, a pergunta mais importante a ser respondida
pelo ser humano. Sua resposta foi: “O Universo é ou não amistoso?” Senti-me
convidado a chamuscar uma resposta. Vale mais as questões que dela nasceram.
Ficou ainda, grande parte sedenta.
Deve-se falar com precisão sobre
o que se conhece, com fé sobre o que se crê, com ousadia sobre o que se propõe
e com coragem perante o que desafia. Quem é o universo? Um ser? Que ser? Um
lugar? Mas de quem? Um acidente? Por quê? Estou a pensar no desconhecido, do
qual tateio a humana ousadia de, na fé, ter a coragem de afirmar o mistério.
Amistoso ou não, o universo aí está. E nós somos aquele que toca sua campainha.
Na terra, se comparada sua existência dentro do percurso de 24h, nós seres
humanos, surgimos no último segundo, do último minuto, da última hora. E talvez
a terra seja tataraneta do universo. Como conhecê-lo? Somos seres predestinados
a micro cosmicamente dizer tudo sobre tudo que permeia as condições vitais e
sua permanência até então? Se ele é amistoso, o é por causa de que? Se não o
for, seremos nós intrusos dribladores do jogo que ninguém assiste? Para
confiarmos em nós, é preciso confiar no universo? Não seria isto um desafio
sufocante? O simples fato de estarmos vivendo, já não responde à questão de
Einstein? Sim, penso que sim. O universo é amistoso, não por vontade própria,
mas por desígnio daquele que é o princípio de tudo: Deus. O universo tem um
destino. O homem também. O universo segue seu destino, mas o homem pode não
segui-lo. Se o toma o universo como amigo, transforma-o e nele transcende. Se o
toma como inimigo, intimida sua liberdade e subjuga sua sabedoria. Pasmando-se
com a ordem e a beleza do universo, o homem pergunta: posso te abraçar? O
universo responde: somente quando fores grande o suficiente! Descontente, o
homem pergunta: universo, és amistoso ou não?
Comentários
Postar um comentário