Bem-vindo, Jesus!


Aqui estou: diante do presépio. É quase impossível não se comover! O presépio recorda ternura, esperança, mas também a dureza de quem não acolhe um casal de andarilhos parturientes.
O Senhor se fez menino, uma criança frágil e inocente. Se fez gente no ventre de Maria, se aconchegou nos braços de José, nas faixas de pano, sobre a palha da manjedoura.
Sei, bem sei que Jesus não é mais criança; que ele cresceu, fez o bem e se entregou na cruz quando suas forças humanas foram rendidas pelo mal que alguns homens cultivavam no coração.
Sei também que ele venceu a morte e a injustiça e está no Céu ao lado de Deus Pai, que o enviou pequenino para nos salvar.
Ainda sei que, pela ação do Espírito Santo, ele está sempre vivo no meio de nós, nos ensinando a viver com amor, pelo amor e por amor. Mas ao lado de tudo isso, sei que o Natal, para pessoas de fé, não é só uma recordação do aniversário de Deus feito humano – é o seu acontecimento pleno em nossas vidas.
É muito grande isso. Grande demais! A pequenez de Deus é gigantesca, é imensa, imensurável. Ele se apequenou. Cessam as palavras e vigora a contemplação. A contemplação é aquela dom que nos faz viver onde está atenção, é saborear, como ensina São Francisco de Sales. O sabor de Belém, naquela noite, é sabor de humanidade, de tudo o que nós sonhamos, é sabor de fraternidade.
Vejam só: Deus não se contentou em ser nosso Criador, nosso Pai, nosso Senhor - quis ser nosso irmão! IRMÃO! Presta atenção: nosso irmão! Para quê? Para que fôssemos e nos sentíssemos irmãos de todos, bem como, de Deus. Aqui está o segredo da paz, da justiça, da união, da saúde e da prosperidade. Muitos de nós vamos pedir na noite de Natal essas coisas. Mas Ele já nos deu. Deus Pai nos deu tudo ao nos dar Jesus. E Ele no-lo dá novamente neste 25 de dezembro. Ah, se eu soubesse viver este mistério! Eu seria bem melhor... seria bem melhor! (Pe. Zezinho).
Mas, bom Jesus, Jesus pequenino, Deus que se fez menino, eu quero vos agradecer por esta grande lição de humanidade. O Senhor quis aprender ser homem para ensinar a humanidade a ser mais humana. O Senhor aprendeu a ser homem, para ensinar o ser humano a ser quem deve ser. Vos ofereço a manjedoura desarrumada do meu coração. E procurarei cuidar de Vós ao cuidar de tantos irmãos e irmãs de todas as idades que precisam daquele carinho e daquele socorro que Maria e José, vosso jovens pais, vos concederam.
Bem-vindo, Jesus! Bem-vindo, nosso Deus e nosso amigo! Que bom que chegais de novo! Que bom que nunca tenhais ido! Que bom que a fé nos possibilita viver estes paradoxos que os olhos dos somente pragmáticos não conseguem ver porque não aprenderam a contemplar. Bem-vindo, Deus Menino!!!

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