Espiritualidade Salesiana

Caros amigos vamos conversar sobre uma espiritualidade chamada “salesiana”. Muitos já conhecem esta espiritualidade. Outros terão a oportunidade de conhecerem-na a partir deste texto. Certo é que nos apaixonaremos por este modo de viver o Evangelho. Sim, nos encantaremos pelas palavras e atitudes que provêm deste tesouro da Igreja.
Estamos começando... então é preciso apresentar esta espiritualidade. Vamos lá! Nasceu na família onde o grande pai e fundador é São Francisco de Sales (França, 1567-1622). Teve como mãe Santa Joana de Chantal (França, 1572-1641). Cresceu na Ordem das Irmãs da Visitação (fundada pelos dois santos em 1610 na França) e se expandiu pelo mundo através de várias Congregações, Institutos, grupos de leigos e de cristãos que se depararam com esta riqueza. Os Oblatos de São Francisco de Sales, Congregação a qual pertenço, são os encarregados de difundir e divulgar este espírito. Também as Oblatas e as Leigas Consagradas do Instituto Secular São Francisco de Sales.  Poderíamos citar outras organizações religiosas, mas com estas já podemos ter uma boa referência.
Depois destes grupos há outro meio por onde esta espiritualidade chega a todos: são os escritos de São Francisco de Sales e de seus continuadores. O santo bispo de Genebra e Doutor do Amor de Deus, escreveu várias obras, dentre elas está a Filoteia ou Introdução à Vida Devota (1609) e o Tratado do Amor de Deus (1616). São obras que ensinam a amar a Deus, ao próximo e à toda Criação do jeito que Jesus ensinou.
Quanto a seu nome. “Espiritualidade” remete ao espírito, ao jeito próprio de alguém ou de algo, à forma como alguém cultivou e ensina a cultivar a fé. É aquilo que nos move, que nos faz encontrar sentido em qualquer hora e em qualquer lugar. E, “Salesiana”? Como vocês já devem ter intuído, o nome Salesiana deriva do sobrenome de São Francisco de Sales. Portanto, o jeito como Francisco de Sales e seus continuadores cultivaram sua vida e sua fé e o que eles ensinaram para nós se chama ESPIRITUALIDADE SALESIANA.
Existem várias pessoas que se santificaram vivendo no espírito do bispo de Genebra. O primeiro é ele mesmo, São Francisco de Sales. Temos a seguir sua grande amiga e colaboradora, Santa Joana de Chantal. São Vicente de Paulo, ainda que não pertencendo à Família Salesiana, viveu uma profunda amizade com Francisco e aprendeu coisas bonitas para seu caminho. Temos também: Santa Margarida Maria Alacoque, Irmã da Visitação que recebeu as Promessas do Sagrado Coração de Jesus; São João Bosco, fundador dos Salesianos de Dom Bosco, que assumiu parte do espirito salesiano e colocou seu Instituto sobre a proteção do nosso santo; Beato Padre Luís Brisson e a Venerável Madre Chappuis, fundadores dos Irmãos e Padres Oblatos; Santa Leonie Aviat, fundadora das Irmãs Oblatas; Santa Terezinha do Menino Jesus que, embora Carmelita, também comungou da Espiritualidade Salesiana. Poderíamos seguir a lista, mas com estes nomes já entendemos o caminho seguro que propõe nossa espiritualidade. Agora, uma proposta: vamos passar a chamá-la de “nossa espiritualidade”! Que tal?! Penso que fica muito bem. Então, bem-vindos à NOSSA ESPIRITUALIDADE!
Amigos, nossa espiritualidade pode ser resumida na mais célebre frase de São Francisco de Sales: “FAZEI TUDO POR AMOR E NADA À FORÇA”. Aqui está todo o Evangelho e toda a história da catequese cristã. Quer ser santo? Fazei tudo por amor e nada à força. Quer ser feliz? Fazei tudo por amor e nada à força. Quer viver a fé praticando a compaixão para com o próximo e unido a Deus da forma mais solidária possível? Fazei tudo por amor e nada à força.
Bem, o amor não mata, não rouba, não abandona, não mente, não odeia. O amor, diz a Bíblia, “é paciente, é bondoso. Não é invejoso, não é arrogante, não se ensoberbece, não é ambicioso, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda ressentimento pelo mal sofrido, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade. O amor tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (1Cor, 13, 4-7). Então, sem medo “fazei tudo por amor e nada à força”, pois a força prende e sufoca, enquanto o amor liberta e cativa. A única força que deve ser admitida é a força do amor. Fazer tudo por amor é fazer tudo segundo o amor de Jesus que é também, o amor da Trindade, o amor de Deus.
 
Estamos começando... e é momento de encerrar. Mas encerrar este artigo, apenas. Outros virão. E nós poderemos continuar nossa conversa apaixonada por este modo de viver o Evangelho. Vou deixar mais um pensamento dele: “Minha convicção sem reserva é que a união a Deus não impedirá nada daquilo que você faz na vida. Seus estudos, o esporte, o lazer, o trabalho, não é uma questão de renunciar a tudo isso. Se você é verdadeiro, você viverá todas estas dimensões de sua vida de maneira muito mais intensa” (Filotéia, I, III). E assim, caros amigos, nos despedimos reforçando que a Espiritualidade Salesiana veio para qualificar nossa vida, para nos ajudar a sermos melhores e mais felizes, para nos UNIR A DEUS e nada mais... e nada mais. Um forte abraço!

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