Eucaristia

No meio daquela refeição Ele pegou um pedaço de
Pão, abençoou e distribuiu para os seus amigos, dizendo: “Tomai todos e comei.
Isto é o meu corpo que será entregue por vós” (cf. Mt 26, 26; Lc 22, 19; 1 Cor 11, 24). Naquela hora, aquele pão se transformou no corpo
de Jesus. Mas os discípulos não entenderam. Jesus, então, pegou um cálice com
vinho, abençoou e entregou aos seus amigos dizendo: “Tomai todos e bebei. Isto
é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança que será derramado
por vós e por todos, para a remissão dos vossos pecados” (cf. Mc 14, 24; Lc 22, 20; 1 Cor 11, 25). E passando de um por um, disse: “fazei isto em
memória de mim” (Lc 22, 19). Naquela hora, o vinho deixou de ser vinho e se
tornou sangue de Jesus. De novo, os discípulos não compreenderam.
Depois que Jesus ressuscitou, os discípulos se
lembraram que Ele tinha dito “fazei isto em memória de mim” (Lc 22, 19). Obedientes ao Senhor, celebravam a Missa, um
pouco diferente de hoje, mas com a mesma graça e o mesmo amor. Assim, passados
muitos e muitos anos, ainda se celebra a mesma refeição que Jesus fez com seus
amigos. O padre, que representa Cristo, faz a mesma coisa que Ele fez, e nós,
assim como os discípulos, comemos e bebemos da vida de Jesus. Vejam que coisa
bonita e como Jesus nos ama!
O altar é como um lugar onde não existe o tempo,
tipo: passado e futuro. Só existe o presente. Então Jesus vive, ensina, morre e
ressuscita naquelas orações que rezamos com o padre durante a Missa. Jesus vive
sua vida, naquela hora, para nós. E nós vivemos a vida dEle. Quando a gente vai
na fila da comunhão, o padre entrega a hóstia que é um pãozinho sem fermento.
Você recebe e sente o gosto de pão, entretanto, pelo dom da fé, sabemos que o
pão é Jesus, agora, depois da Consagração (oração que o padre faz). O vinho
também é Jesus. E nós somos a casa de Jesus, onde Ele entra por este Sacramento
que chamamos Eucaristia.
Entendeu porque temos que ter tanto respeito para
com a Eucaristia? Pois é! Jesus de verdade! Jesus escondido e quietinho. Jesus
pequenino para nos fazer grandes pelo amor. Não devemos duvidar da presença
dEle no pão e no vinho consagrado. O verbo que Ele usou é claro: isto “é” o meu
corpo. Não disse: isto significa, simboliza, representa. Disse: isto “é”. O
nosso alimento sagrado é Jesus. Ele é vivo em nós. Quem escolheu este jeito foi
Ele. E quando repartimos o pão do seu corpo, aprendemos a repartir o pão de
cada dia com cada irmão e irmã. A eucaristia é o amor de Deus, o milagre do
amor divino do nosso grande amigo Jesus!
Este Sacramento é a fonte e o ápice de toda a ação
da Igreja. Isso porque é o próprio Jesus. Sempre que há algo importante na
Igreja, a Eucaristia está presente. Nela tudo começa e para ela tudo tende. Ao comungarmos
e honrarmos o corpo de Jesus nos lembramos dos nossos irmãos. Os santos sempre disseram
que honrar o Corpo de Cristo implica em cuidar do corpo do próximo para que
ninguém seja desprezado, tenha fome, tenha
sede, viva sem casa, terra, trabalho e dignidade. O Corpo de Cristo também é o
corpo da gente. Foi Ele quem assumiu nossa condição e Nele todos existimos,
principalmente os que sofrem. Por isso a Eucaristia é o “repartir do pão”, o “beber
do mesmo cálice”, ou seja, partilhar o que temos e sofrer com quem sofre para
vencer o mal. Ela é o sacramento do irmão porque de
Cristo nos conduz ao próximo. Cristo é o próximo que ri ou que chora, que ama e
precisa ser amado. Prova
disso é que a Eucaristia foi instituída dentro do contexto de sua crucificação
e morte e com um gesto de serviço: o lava-pés. Jesus nos ensinou que ser
grande é servir, o mestre é o que serve. Toda vez que vamos a Missa e
comungamos, é a isso que nos comprometemos, a servir o próximo, seja ele quem
for. Ela é o “memorial da Páscoa do
Senhor”, que nos leva juntos à vitória sobre o que maltrata a Criação de Deus. E
isso é feito pelo serviço, pela caridade, pela compaixão. Participar da
Eucaristia é viver a Páscoa de Jesus e colaborar com nossa oração, adoração e
ação para que todo o mundo viva esta páscoa que o Senhor tanto desejou a ponto
de entregar a sua própria vida.
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