Descrevendo o jovem Jesus, mas não reduzindo-o

Existiu um jovem que se apaixonou por um ideal: fazer as pessoas felizes.  Era um jovem igual a todos, pelo seu físico, por seus sentimentos e sua razão. Trabalhava com seu pai e sua mãe e lhes era muito carinhoso.  Seus cabelos longos, balançados pelo vento, refletiam na luz do sol a imagem de quem ama a liberdade e respeita a vida.  Sonhava com um mundo melhor e acreditava no seu sonho.  Usava sua inteligência e sabedoria, tudo aquilo que Deus lhe tinha concedido, em nome do amor.

            Em nome do amor esse jovem reuniu multidões, disse as pessoas a verdade que liberta, indicou o caminho certo, saciou a fome e a sede e mostrou um novo mundo.  Um mundo onde todos são tratados com igualdade segundo sua condição, onde quem mais sofre é o mais amado.  Mundo este, em que a juventude pode viver, cantar, brincar, cantar, dançar, trabalhar, namorar e sonhar.  Mundo em que a utopia é o passo para a existência, onde a grande lei é o amor, regido pela senhora liberdade, conduzido pela esperança e aplicada na vida da gente.

            No entanto o nosso mundo não compreendeu, não soube acolher essa boa notícia, trazida pelo jovem sonhador. Ele foi crucificado, morreu acreditando na semente que plantara.  O seu corpo juvenil igual ao nosso, que por vezes tinha feito o bem sem olhar a quem, que andara por entre as pessoas procurando amá-las, respeitando o mais intimo de cada qual, que por vezes esteve no colo de sua mãe, na labuta com seu pai, nas festas com os amigos, na igreja com os vizinhos, corpo de quem viveu o que é digno de um jovem viver, foi impedido de continuar lutando. Três cravos e uma lança, o desprezo e a covardia assassinaram o jovem sonhador.

            Ressuscitou e é nossa força! Mas o seu corpo já não está neste mundo, está onde todos nós um dia estaremos.  Entretendo, uma coisa Ele nos pede. Que sejam as nossas mãos as suas mãos, os nossos pés os seus, o nosso corpo, a nossa mente e o nosso coração, sejam o do jovem que por amor viveu, com esse amor morreu, nesse amor ressuscitou e vive em cada um de nós. É ele que nos encoraja e nos anima a responder “sim” por um mundo mais justo, mais fraterno e mais irmão, onde a juventude pode gritar pra todo mundo ouvir: “Nós acreditamos em nós”, mundo em que as mãos dadas fazem a diferença.

            Jovem, o Papa Francisco convidou-nos a responder “sim”, e ser feliz no seguimento do jovem sonhador, Jesus de Nazaré.  É nosso Deus, é nosso amigo, companheiro e guia, é o moço que sempre amou além das barreiras, das fronteiras, daquilo que impedia que o rosto juvenil fosse reconhecido como importante.  Ele conhece os teus, os meus, os nossos sonhos, porque um dia também sonhara e, igual a nós, sofrera e vencera sem medo de ser jovem, sem medo de ser gente, sem medo de acreditar em Deus, fundamento de toda existência.

            Participe do seu grupo de Jovens e faça com que o projeto do jovem sonhador jamais se perca, que perpetue no rosto da juventude que se reúne, que partilha e discute buscando compreender o horizonte dos sonhos seus.

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