Pela janela do ônibus
Pela janela do ônibus
O crepúsculo vespertino,
Anuncia o negro véu,
Despedindo-se com o arrebol.
Despedindo-se com o arrebol.
Sinto que olhei para fora até aqui,
Mas as coisas de fora
Me olharão no percurso que resta.
Me olharão no percurso que resta.
O caminho é bonito
As palavras não têm pressa,
A alma encontra aresta.
Aconchego-me na poltrona,
No balanço das curvas de quem vai.
E os olhos cerram vagarosamente
Como o suspiro que sai
Pra dizer ao coração:
"Aquieta-te assim contente".
Quem sabe da alegria ao chegar
Vê diferente o percurso que faz.
E descansa no cansaço do caminho
Levando consigo a ternura da paz.
Quem sabe do amor que em si leva
Não deixa jamais quem ficou para trás.
Pe. Nildo Moura de Melo, OSFS
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