Sete Mártires da Visitação

São Francisco de Sales nos ensina: “Todos os mártires
morreram pelo amor divino” (TAD VII, X) e quase todos morreram em oração (TAD VII,
IX). E morreram não porque quiseram a morte, morreram para realizar a vontade de
Deus, ou seja, amar a ponto de dar a vida por quem ama (Jo 15, 13). “O martírio
é sempre martírio, é um ato excelente de amor e coragem (TAD VIII, IX).
“Sua partida foi tida como uma desgraça, sua
viagem para longe de nós como um aniquilamento, mas elas estão em PAZ. Só os
que nele confiam COMPREENDERÃO A VERDADE, permanecerão junto a ele no amor” (Cf.
Sb 3,2-5).
Elas morreram para o mundo, no martírio, para
viver em Cristo. Morramos hoje para o egoísmo, para a ganância, para a insensibilidade,
para a arrogância, para a prepotência, para o orgulho e VIVAMOS para Cristo!
Esta é a grande mensagem das Sete Mártires da
Visitação.
História
Durante a perseguição religiosa na Espanha, no ano de 1936, as
religiosas Visitandinas: Maria Gabriela, Josefa Maria, Maria Inês, Maria
Cecília, Teresa Maria, Maria Ângela e Maria Engrácia, formam o grupo que
permanece em Madrid, cuidando do Mosteiro, enquanto a outra parte da comunidade
está refugiada num povoado da Espanha, Oronoz, onde a perseguição não havia
chegado. Cada uma delas começou sua vida num dia e lugar diferente, mas chega
um momento em que Deus as reúne no primeiro Mosteiro da Visitação de Santa
Maria em Madrid. Juntas percorrem um caminho de fidelidade nas pegadas de Cristo.
Ao receberem notícias de que estão tentando incendiar o Mosteiro, estas sete
Irmãs se refugiam em um porão onde preparam uma capela, com Jesus Sacramentado
presente. Aí vivem vida simples, fraterna, fiel à oração e ao sacrifício,
testemunhando uma caridade inesquecível. Sabem do perigo que estão correndo.
Sempre pedem ao Senhor pela conversão de seus perseguidores, e lhes perdoam
generosamente. Foi-lhes dada a oportunidade de pôr-se a salvo ou regressar às
suas famílias sem perigo; mas não querem comprometer a ninguém e todas
respondem que vão permanecer unidas e estão dispostas a morrer por Deus.
Preparam-se para o iminente martírio velando toda a noite, em profunda
intimidade com o Senhor e... chega a sua hora. Sua vida se conclui com uma
oferenda de amor, o mais puro e perfeito; a santa alegria coroa sua fortaleza
diante do martírio, com uma fidelidade a toda a prova. Diziam: “Se por
derramarmos nosso sangue, a Espanha se salvar, Senhor, que seja o quanto
antes”. E isto selaram com o seu próprio sangue, sendo fuziladas seis Irmãs, no
dia 18 e uma no dia 23 de novembro de 1936. Assim, deram a maior prova do amor
de Deus que ardia em seus corações.
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