No deserto

Não são poucas as vezes que a vida se torna um deserto. Por motivos que não compreendemos, vamos caindo na solidão, mesmo quando rodeados de muita gente. E a dúvida vem incomodar, como uma voz cheia de razão levando-nos a desconfiar de Deus.
Jesus também enfrentou o deserto. Foi lá conduzido pelo Espírito Santo. Na solitude do deserto, queria ouvir o Pai, queria entender sua missão. Mas ouviu também a voz do Inimigo: sedutora, ousada, estratégica, perspicaz. O Tentador é petulante: atreveu-se com o Filho do Criador. Mas Jesus não era o mesmo Adão do início, não lhe deu chances, repudiou-o. Não o escutou. Continuou a confiar no Pai.
Não escutemos o Inimigo que nos busca no Jardim ou no Deserto. Escutemos o silente Pai do céu. Sem palavras, ele fala ao escutarmos a nossa interioridade genuína. A solidão é deserto no qual toda miragem se faz sedutora. Deus é companhia que exorciza a pressa da carência. Não desconfiemos de Deus por causa das tristezas áridas desta vida. Imitemos Jesus: se não for do jeito do Pai, de outro jeito não será.

Pe. Nildo Moura de Melo, OSFS


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