O que você espera da vida?

O que você espera da vida? Sabia que uma pergunta tem o poder de mudar o destino de uma pessoa? Perguntas tem mais força do que parecem! Quantas perguntas te incomodam? Quantas perguntas vão e voltam sem resposta? A pergunta não te faz parar de viver, mas também não te dá toda a liberdade. Ela te incomoda e convoca para o protagonismo da existência. 
Há um tanto de resposta em toda sábia questão. Mas é muito difícil acertar a resposta se não se entendeu a pergunta. E para entender é necessário tempo, silêncio, reflexão, amigos, gente interessada no nosso bem. Entendida a pergunta, é hora da resposta. No caminho da vida, responder é escolher.
     Fazemos escolhas, querendo ou não. É verdade que nem sempre acertamos. Mas é importante fazer escolhas e assumir posturas. Estas escolhas condicionam nossos próximos passos. Matar ou viver, amar ou odiar, buscar ou ficar esperando, desanimar ou recomeçar a cada tombo, pensar ou deixar que os outros pensem e decidam por nós - é escolha. A cada minuto que passa, somos convocados pela existência a assumir a direção de nossa vida. E isso não é um fardo, é a possibilidade de trazer à luz o melhor de nós. Escolher é abrir parágrafos na própria história e assumir as verdades da vida e suas consequências, a partir de nossa liberdade.
Hoje somos presos a muitas coisas, a maioria delas são apenas ilusão de uma felicidade facilitada. Agarramos o máximo que podemos e no fim acabamos nos confundindo dentro delas mesmas. Precisamos aprender a perder. Os vencedores são as pessoas que souberam perder. Perderam para ganhar! Quantas vezes resistimos em perder coisas pequenas: a razão numa discussão, perder numa uma brincadeira, um objeto, uma partida de futebol, um pouco de tempo com uma criança ou idoso já cansado. Parece que nem somos tão ambiciosos como cremos ser. Então é que se percebe: a vida em si é uma questão, questão que incomoda.
“Quem sou eu?”, pergunte-se. Sou alguém que vive, mas alguém que pode deixar de viver! Sou alguém que pensa, alguém que sente, mas que pode jogar fora tudo o que tem e acredita.
Quem é você? Quem sou eu? Já fez essa pergunta?
Quem é esta pessoa que está do teu lado? Você realmente conhece teus amigos, teus professores? Já adentrou nos bastidores da existência deles?
Para quê todas estas perguntas? Para dizer que a vida é importante, que você é importante.
O que você espera da vida? Deixa-me mudar essa pergunta? O que a vida espera de você? 
"Tudo aquilo que você pode dar a ela!"
Todo dia o autor da vida lhe dá inúmeras possibilidades. Não desperdice.
Vou falar de Jesus, um jovem tão especial que nunca se viu outro igual.
Jesus foi enviado pelo Pai para mostrar ao mundo um novo jeito de se relacionar com o próximo e com Deus. O Pai esperava muito de Jesus e Jesus esperava muito da vida que o Pai pediu-lhe para viver.
E você, que espera da vida?
Jesus viveu, simplesmente viveu. Era carpinteiro numa vila do interior da Galileia, alguém muito do povo e com o povo. Tinha uma inquietação: o que a vida esperava dele? O livro que conta sua história chama-se Bíblia e lá está escrito que ele costumava passar algumas noites em vigílias, falando com seu Pai. 
Jesus gostava das perguntas. Gostava de quem lhe incomodava com perguntas e buscava as perguntas mais profundas. Ele era “o cara”!
Então ele saiu pelas estradas da redondeza para saber o que a vida esperava dele. Convidou alguns outros jovens das variadas profissões e começou a mudar o retrato daquelas cidades. O povo começou a comentar.
Havia um rapaz chamado Natanael que tinha um amigo chamado Filipe. Jesus chegou perto de Filipe e disse: “Siga-me!”. Nessa hora Filipe lembrou-se de Natanael e pensou: Eu vou convidar o ‘Nata’ e dizer que, até que enfim, apareceu o homem que a Bíblia diz que viria. Encontrou Natanael e disse: “O, mano! Encontrei o 'cara', é Jesus de Nazaré”.
Natanael, então, disse: “De Nazaré pode sair coisa boa?”.
Filipe respondeu: “Venha e você verá”.
Cheio de si mesmo, o Natanael que, por morar no centro se achava o cara, foi lá ver o tal de Jesus. Mas não precisou muito tempo e logo caiu do cavalo. Quando Jesus viu Natanael aproximar-se, falou: “Eis aí um israelita verdadeiro, sem falsidade".
Natanael ficou sem palavras e perguntou: “De onde esse 'cara' me conhece?”. Jesus respondeu: “Antes que Felipe chamasse você, eu o vi quando você estava debaixo da figueira”.
Natanael respondeu: "Mestre, tu és o filho de Deus, Tu és o rei de Israel!".
Jesus disse: "Você está acreditando só porque lhe disse: 'Vi você debaixo da figueira’? No entanto você verá coisas maiores do que estas”.
E Jesus continuou: "Eu lhes garanto: vocês verão o céu aberto, os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem”.
 Nem preciso contar o resto da história. Jesus impressionava, pois lia nas pessoas a história dos sonhos, dos sofrimentos e dos pensamentos, sem nenhum preconceito, sem nenhuma má intenção. Bastava que alguém se aproximasse e ele via naquela pessoa um caminho cheio de felicidade e uma vida que podia iluminar a vida de muitos outros. Foi assim com Natanael, com Filipe, com Pedro, com Maria, com Marta, comigo. Pode ser assim com você!
Jesus não perdia uma oportunidade se quer, não ficava parado "embaixo da figueira". Estivesse onde estivesse, fosse quem fosse que viesse a seu encontro. Ele estava disposto a transformar. Enlouquecia os outros com sua loucura, a ponto de São Paulo, um jovem que havia feito muito mal aos cristãos, já no fim de sua vida, depois do encontro com Jesus, dizer: "Já não sou eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim".
A vida espera muito de você. Não fique só "debaixo da figueira". Você pode mudar a sua vida e a de tantas pessoas acreditando e fazendo algo concreto agora e em todos os momentos de sua vida. Jesus nos ensina isto. O teu modo de tratar as pessoas, de encarar os desafios, mostra o quanto você é livre de verdade e qual o tamanho do seu coração. Uma pessoa é grande na medida em que ama e seu doa para o bem dos outros.
Há pessoas que escolhem serem levadas pelas ideias dos outros, mas Jesus quis ser guiado por uma luz maior e optou pelo caminho da paz. Você também pode. Se o mundo é muito grande para você mudar, saiba que sua família não é, sua escola, sua comunidade não são. Mas, para isso, você tem que antes reconquistar um universo inteiro chamado “eu”, o seu “eu”.
Natanael surpreendeu-se porque Jesus disse dele: “Eis um israelita de verdade, sem falsidade”. Nem Natanael sabia de verdade se sua fé era verdadeira, mas Jesus apontou para ele e disse isso. A prepotência de Natanael em achar-se melhor do que os outros, escondia dele mesmo quem ele era, mas não escondia de Deus. Desse a gente não esconde nada!
Muitas pessoas se revestem de uma imagem de Super-homem, Super-mulher e acabam escondendo a beleza e essência de quem realmente são. Depois se tornam pessoas solitárias que tem tudo, mas não tem a paz e o aconchego de um amor verdadeiro. A sombra da figueira não nos traz estas coisas que acontecem no caminho de Nazaré à Jerusalém, no caminho da vida da gente.

O que você espera da vida? Oportunidades? Ela te concede. Aproveite! O que a vida espera de você? Tudo aquilo que você pode dar a ela. E você pode muito, pode ir além da figueira. Vamos lá então, gente! Um mundo melhor é possível se uma pessoa se tornar melhor, se um grupo de amigos, uma família, uma escola, uma comunidade decidir-se por ser melhor.
Quando nós sonhamos com esse mundo melhor e com o modo de fazê-lo acontecer, Jesus nos enxerga debaixo da figueira. Há duas coisas no mundo que ninguém pode derrotar: Deus e cada um de nós. Quando nos unimos a Deus, então nada pode ser mais forte. Ele quer estar unido a nós. Unamo-nos a Ele também, pois a vida espera isso de nós e nós esperamos da vida que ela simplesmente seja essa surpresa divina que nos antecede sempre e nos descobre debaixo das figueiras.

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