Mensagem do dia da Mulher
Hoje é dia de entregar flores,
Falar de sonho, de amores
E de escrever poesias.
Hoje é dia de sorrisos longos,
Abraços alegres,
E de lavar a louça sobre a pia.
Talvez seja assim que boa parte delas
De mínimo esperaria
Dos que são seus filhos, seus companheiros e sentinelas.
De um marco na história
Que nada tem de glória.
Oito de março é o dia da mulher “tecelã”[1]
Da mulher sem “fã”,
Da mulher que mudou sua trajetória.
O número da mulher de hoje é aproximadamente cento e trinta.
Cento e trinta trabalhadoras de Nova Iorque,
Cento e trinta vidas da humanidade,
Cento e trinta “chamas” da igualdade.
Não procure a mulher do dia de hoje
Nas músicas que você ouve no rádio,
Você não vai encontrar.
Qualquer canção que a queira descrever
Tem que no mínimo dizer:
“Por ti, vale à pena mudar”.
Com licença, não quero lhe atrapalhar,
Nem ser-te mais um contratempo.
Feliz dia!
Feliz tudo!
Feliz história, feminina luz de Deus!
Falar de sonho, de amores
E de escrever poesias.
Hoje é dia de sorrisos longos,
Abraços alegres,
E de lavar a louça sobre a pia.
Talvez seja assim que a maioria
Pensamos neste dia.Talvez seja assim que boa parte delas
De mínimo esperaria
Dos que são seus filhos, seus companheiros e sentinelas.
Mas a data de hoje é a memória

Que nada tem de glória.
Oito de março é o dia da mulher “tecelã”[1]
Da mulher sem “fã”,
Da mulher que mudou sua trajetória.
O número da mulher de hoje não é
“manequim 32”
Como desejaria o perverso modelo
do consumo.O número da mulher de hoje é aproximadamente cento e trinta.
Cento e trinta trabalhadoras de Nova Iorque,
Cento e trinta vidas da humanidade,
Cento e trinta “chamas” da igualdade.
Não procure a mulher do dia de hoje
Nas músicas que você ouve no rádio,
Você não vai encontrar.
Qualquer canção que a queira descrever
Tem que no mínimo dizer:
“Por ti, vale à pena mudar”.
“Pão e rosas”[2]
sobre a face do tempo
E um beijo na tua face, ó mulher!Com licença, não quero lhe atrapalhar,
Nem ser-te mais um contratempo.
Feliz dia!
Feliz tudo!
Feliz história, feminina luz de Deus!
[1] No Dia 8 de março de 1857,
operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova
Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar
melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho
para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação
de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do
salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno
dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com total
violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada.
Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
[2] Em 1908, mais
de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque: reivindicaram o mesmo que
as operárias no ano de 1857, bem como o direito de voto. Caminhavam com o
slogan "Pão e Rosas", em que o pão simbolizava a estabilidade
econômica e as rosas uma melhor qualidade de vida.
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